Um estudo divulgado pela consultora DBK revela que a produção de livros em Portugal cresceu 0,6% em 2008, contrariando a quebra de 1,3% das vendas no mesmo ano.

O aumento da exportação de edições para Espanha e para a América Latina é apontado pela DBK como causa para os números positivos. Na livraria “Lello”, no Porto, há cada vez mais estrangeiros a procurarem livros portugueses. Antero Braga, proprietário da história livraria portuense, diz ao JPN que “alguns até já sabem o que procuram”.

O certo é que a crise não deixou de bater à porta dos livreiros. João Gomes André, dono de uma livraria do Porto, queixa-se da “falta de clientes”. Admite ainda que “a cultura, às vezes, pode ser um luxo. Os livros não são baratos. Não digo que o valor não seja justo, mas para o consumidor é um bocadinho alto”.

Ainda assim, a literatura portuguesa vai desaparecendo mais depressa das prateleiras. Antero Braga explica: “É uma realidade, não só em Portugal. Os autores portugueses estão na moda, quer em Portugal quer no [resto do] mundo”, refere. Saramago, Lobo Antunes ou Miguel Sousa Tavares são os preferidos de quem visita Portugal.