A agência Lusa, assim como outros órgãos de comunicação social, está a apostar cada vez mais nos novos meios tecnológicos e nos novos profissionais de jornalismo. “É a nossa própria sobrevivência que está em causa” referiu David Pontes, durante a terceira, e última sessão do Seminário de Comunicação e Multimédia, promovido pelo curso de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto (UP)

Apesar de as receitas do jornalismo online serem mais pequenas que as receitas da imprensa em papel, David Pontes vê a crise que está a afectar os órgãos de comunicação como “uma “ oportunidade” para a Lusa. Até porque “os jornais, diminuindo os seus recursos, precisam mais das agências”.

David Pontes aproveitou o mote para deixar algumas críticas aos profissionais dos media. “A classe jornalística é muito conservadora e não lida bem com estes avanços tecnológicos”. “Os estágios sem carteira profissional estão a acabar nas redacções porque a maior parte dos jornalistas tem medo do novo e sabem que os novos profissionais vão saber mais”, acrescentou.

Parceria com a UP

Prova do investimento da única agência noticiosa portuguesa nas novas tecnologias é o investimento na Lusa Vídeo. Trata-se de um projecto desenvolvido em parceria com a Universidade do Porto, com o objectivo de dar a todos os jornalistas da agência formação na área do vídeo e do áudio.

“Tínhamos de inovar, acrescentar algo às nossas linhas de distribuição de conteúdos, imagem e texto”, assumiu David Pontes, antes de elogiar os resultados “positivos” da parceria com a UP.

A mais recente aposta da Lusa é na infografia, uma “porta de entrada”, define David, para atrair novos clientes para a agência “Se nós não fizermos nada, seremos irrelevantes”, conclui.