Uma “bagagem” que “foi essencial na construção” da vida profissional. É com estas palavras que o actual editor da Rádio Clube Português no Porto, Manuel Bento, recorda a experiência de ter integrado a primeira redacção do JornalismoPortoNet (JPN).

“O nosso curso sem dúvida que nos prepara porque (…) te permite colocar em prática os conhecimentos que adquirimos nos outros anos. Ao mesmo tempo, consegues passar da teoria à prática”, sublinha.

Manuel Bento considera “engraçado” assistir à evolução do ciberjornal que ajudou a construir enquanto aluno. “Nota-se uma grande evolução ao nível de tudo o que envolve a estrutura do JPN”, salienta. Engraçado é, também, ver o reconhecimento que o JornalismoPortoNet já atrai, afirma Manuel Bento. “Na minha altura tinhas de explicar o que raio era o JPN. Actualmente, nos principais locais, já não precisas de explicar o que é.”, graceja.

Pivot do Diário da Manhã, Ana Guedes Rodrigues, estagiou no JPN dois meses depois do arranque do ciberjornal. A jornalista sublinha a importância do estágio como “primeiro contacto com uma redacção” e confessa que ainda visita o site hoje em dia. “Às vezes não é porque me lembre de ir ao JPN”, mas sim, salienta, porque faz “uma pesquisa no Google” e, “curiosamente”, vê-se “encaminhada” para a página.

Ana Guedes Rodrigues é da opinião que o JornalismoPortoNet lança um olhar jovem à cidade do Porto. “Pode encontrar uma outra forma de fazer jornalismo, um jornalismo talvez mais dinâmico, mais livre de preconceitos e mais independente”, diz, sublinhando que “essas” podem ser as “mais-valias” de uma “equipa tão jovem” como a do JPN.

Ana Isabel Pereira, uma das primeiras alunas a estagiar no JPN e actual colaboradora do semanário “Sol”, confessa que, ainda hoje, consulta o site. Fá-lo porque encontra no ciberjornal “assuntos menos focados” por outros meios de comunicação e realça “a evolução vísivel” do JPN. “Embora seja um produto recente, de 2004, acompanha a reviravolta que se está a dar nos conteúdos informativos na Internet”, afirma.

Ana Isabel Pereira acrescenta que o JPN começa a diferenciar-se no jornalismo feito no Porto. “As secções regionais dos diferentes jornais existem, mas não correspondem ao peso da cidade. O JPN, a par da secção local do JN, é o sítio onde hoje podemos consultar toda a informação sobre o Porto”, salienta.

De aluno a editor

Pedro Rios era aluno do curso quando o projecto começou e, juntamente com os colegas, formou a primeira redacção do JPN. Relembra as dificuldades por detrás do projecto numa época em que “não existia grande interesse” em jornais online. “Na altura era mais complicado , porque estávamos a fazer um jornal a partir do zero e não era conhecido”, confessa, acrescentando que por ser um projecto “pioneiro e inovador”, teve várias “dificuldades próprias”.

O JPN provou ser um marco importante na carreira de Pedro Rios. Em primeiro lugar concedeu-lhe uma data de rotinas e rapidez antes de ir estagiar para o Público. “Já estava rotinado e isso era uma vantagem face a outros meus colegas, de outras universidades, que aterravam lá sem nenhuma experiência jornalística prévia”, revela.

Tornou-se editor do JPN e acompanhou o seu desenvolvimento ao longo dos anos quando o JornalismoPortoNet aprofundou as potencialidades dos conteúdos multimédia. Recentemente afastou-se do projecto, mas agradece os benefícios da sua estadia no JPN. “Deu-me uma série de competências que noutros jornais não teria para além das jornalísticas básicas, que agora espero vir a aplicar em projectos futuros”, explica.

Pedro Rios diz que o papel do JPN evoluiu com o aumento da popularidade. Se na altura começou por ser uma ferramenta de estágio, agora tem um papel ainda mais relevante como ciberjornal. O jornalista considera que, com o passar dos anos, o JPN “evoluiu para um jornal que se mantém actualizado durante quase todo o ano” e tornou-se “mais importante” para as disciplinas do plano de estudos..

“Tornou-se uma parte do curso e não apenas um local onde as pessoas estagiavam, tornou-se importante para o próprio curso”, conclui.