Em cinco anos de funcionamento, já várias gerações de alunos passaram pelo JPN, um projecto que arrancou a 22 de Março de 2004, com apenas 15 alunos finalistas. O objectivo é, ainda hoje, proporcionar aos estudantes do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação (agora Ciências da Comunicação) a possibilidade de experimentarem todas as fases do processo de construção das notícias, num ambiente de redacção.

Se inicialmente o JPN dedicava-se à informação geral, hoje o jornal online tem vindo a concentrar-se cada vez mais na Universidade do Porto, na cidade e na cultura.

“O JPN é um excelente exemplo do que deve ser um jornal de laboratório” defende o director-adjunto de informação da Rádio Renascença, Pedro Leal, um dos coordenadores do projecto. O JornalismoPortoNet marca pela inovação tecnológica. “Tudo o que tem surgido ao nível de funcionalidades na Internet, o JPN tem incorporado e experimentado,” diz.

Para além das inovações introduzidas, e mesmo com todas as limitações de um jornal universitário, Pedro Leal salienta que “de vez em quando, o JPN marcou presença à frente dos órgãos de comunicação tradicionais, o que mostra alguma vitalidade”.

A chegada ao mercado de trabalho

A importância da passagem pelo JPN não passa despercebida aos restantes órgãos de comunicação. “As pessoas que passaram por esse projecto pareciam-me melhor preparadas e muito mais expeditas a fazer o seu trabalho e com uma noção mais completa daquilo que é o jornalismo na redacção”, afirma o editor do Público.pt, Sérgio Gomes.

“O JornalismoPortoNet é o projecto que levou mais longe essa prática da profissão (…) e conseguiu conquistar um lugar no jornalismo que se faz no Porto”, salienta.

Opinião semelhante tem a jornalista do Portugal Diário, Cláudia Rosenbusch que, na redacção do Porto, contacta com ex-alunos que passaram pelo JPN. Para a jornalista, os estagiários que chegam à redacção “devem saber trabalhar num jornal, procurar a notícia, saber como lidar com as fontes e só a prática dá isso.” Nesse sentido, entende que “todos os cursos de jornalismo deveriam ter uma iniciativa destas”, considera.

O editor do JN online, Manuel Molinos, também acredita na importância deste tipo de iniciativa académica, pois “permite que jovens profissionais entrem no mercado de trabalho com competências muito importantes e, por vezes, inovadoras.”