O dia começou cedo para os alunos das escolas secundárias Carolina Michaëlis e Fontes Pereira de Melo e do Liceu de Gaia, que se reuniram, na manhã de terça-feira, na Avenida dos Aliados. Objectivo? Manifestarem-se contra o estatuto do estudante.

Foram poucos os que se fizeram ouvir, mas as queixas, essas, são várias: “Os exames nacionais, as condições das escolas, há pavilhões em que chove, os alunos não podem fazer Educação Física no Inverno”, diz Patrícia Catarino, estudante do Liceu de Gaia. Também o direito à educação sexual está no centro das reivindicações.

Os alunos continuam insatisfeitos por a medida, legislada em 1984, ainda não ter sido implementada nas escolas. “Não queremos uma aula de educação sexual. Queremos acompanhamento sexual, porque há uma percentagem muito grande da gravidez na juventude”, salienta Patrícia Catarino.

A estudante justifica a necessidade de acompanhamento sexual: “Há muitas dúvidas em relação à educação sexual e os alunos precisam de as satisfazer”.

Os manifestantes não poupam críticas às medidas tomadas pelo Governo em relação ao regime de falta. “Os estudantes estão muito insatisfeitos porque não podem justificar faltas e é um estatuto que limita a participação democrática dos estudantes nas escolas”, diz Patrícia Catarino.

A estudante apela a um Governo mais compreensivo com os problemas dos estudantes: “Nós queremos uma escola democrática, gratuita, pública a que temos direito e este tipo de Governo tem levado uma política que em nada satisfaz esse direito”, afirma a manifestante.