O governo apresentou esta terça-feira, no Porto, um pacote de medidas que prevê a injecção de mais de 850 milhões de euros nos sectores do calçado, têxtil e vestuário. O Plano de Apoio ao Desenvolvimento das Indústrias da Moda (PADIM) surge de uma parceria entre o governo e as associações do ramo.

“Frizaria que não é um programa do governo. É uma parceria entre o governo, as associações empresariais e as empresas”, declarou o ministro da Economia, Manuel Pinho, durante a apresentação do plano.

4 áreas de intervenção

O plano de apoio proposto pelo governo está subdividido em quatro grandes eixos. São eles: o apoio ao financiamento das empresas (através da redução dos custos fiscais); o apoio às exportações (a partir, por exemplo, da promoção dos produtos nacionais nos mercados exteriores); o apoio à consolidação do sector (está previsto o financiamento de um Pólo de Competitividade das Indústrias da Moda) e o estímulo à manutenção do emprego, patente no apoio aos jovens no acesso ao emprego e na aposta na especialização da mão-de-obra.

Medidas similares têm vindo a ser anunciadas pelo governo nos últimos meses, no âmbito geral da Economia. No entanto, Manuel Pinho realça que estas medidas são “diferentes” das anteriores, pois foram feitas de acordo com as “necessidades específicas” destes sectores.

“Cada sector tem as suas necessidades específicas. Nós não nos podemos refugiar em políticas teóricas. Temos de levá-las à prática”, afirmou o ministro da Economia.

À saída do encontro, Manuel Pinho sublinhou ainda que, com esta parceria, os sectores têxtil, do vestuário e do calçado poderão “ir muito longe, no sentido de lutarem contra a crise e, ao mesmo tempo, se modernizarem”.