Por hora, morrem dois portugueses vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Para prevenir a doença, é importante ter hábitos de vida saudáveis. Convém evitar os cinco factores de risco: hipertensão, tabaco, diabetes, arritmias cardíacas e vida sedentária.

Quanto aos sinais de alerta, os portugueses estão informados. No entanto, há quem misture os sintomas de um AVC com os sintomas de um ataque cardíaco, o que pode dar azo a confusões.

Dificuldade em falar, ficar com a boca ao lado e ter menos força num braço – são estes os três sintomas de um AVC. Ao primeiro sintoma, deve-se ir ao hospital.

“Cada vez mais as pessoas estão informadas. Deverá sempre ser accionado o 112″, defende Zélia Barbosa, que trabalha num lar de idosos.

Já existem unidades especiais para tratar doentes de AVC – as chamadas “Via Verde”. Nestas unidades os doentes recebem tratamento especializado e, por isso, a taxa de complicações diminui, bem como a mortalidade e os custos por doente tratado.

Apesar de ser um problema muito associado ao envelhecimento, também pode atingir os jovens. Jorge Poço, da Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), afirma que o AVC pode acontecer a qualquer pessoa, em qualquer idade.

“Tabaco, alimentação com refeições rápidas, em que há um excesso de sal e de colesterol, o próprio stress”, são factores que podem contribuir para que um jovem sofra um AVC, salienta.

Para além destes factores, existem as causas genéticas. Existem “pessoas que têm doenças com carácter familiar ou que nascem com problemas a nível das artérias do cérebro”, afirma Jorge Poço.

O Dia Nacional do Doente com Acidente Vascular Cerebral é assinalado esta terça-feira com rastreios e acções de informação e sensibilização em vários pontos do país.

O objectivo, segundo a SPAVC, é “reforçar a chamada de atenção para aquela que é actualmente a primeira causa de morte em Portugal, que apresenta uma incidência mais elevada do que nos restantes países da Europa Ocidental”.