O antigo Presidente da República, Mário Soares, acusa a justiça portuguesa de ser “lenta”. O histórico socialista manifestou, esta terça-feira, no Porto, que quer ver rapidamente concluída a investigação do caso Freeport, no que José Sócrates “se viu envolvido”.

Mário Soares lamenta as fugas de informação sobre o processo. “É muito mau para o país que se saiba que, ou da Polícia Judiciária, ou do Ministério Público, ou dos magistrados, há fugas para a comunicação social. Isso é imperdoável”, acusa.

Apesar de tudo, Mário Soares diz confiar na justiça portuguesa. “Os juízes devem estar acima da comunicação social e não a mandar-lhe recados”, adverte.

O socialista apela ao “bom senso dos portugueses” e defende que não se devem “desviar as atenções para questões de baixa política”. Pelo meio, acusou a comunicação social de estar a promover uma campanha contra José Sócrates e defendeu que não se devem “desviar as atenções para questões de baixa política”.

Aos jornalistas, o histórico do PS elogiou ainda a nomeação de Vítor Moreira como candidato do Partido Socialista (PS) às eleições europeias. “O candidato é bom. Sou amigo dele e é um homem de esquerda que eu respeito”, defende.

“Esperança” em debate na FMUP

Mário Soares falou à margem do II Seminário Nacional de Espiritualidade no Hospital, realizado, esta terça-feira, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

O Capelão Padre José Nuno, da organização do encontro, afirma que este seminário teve a participação de centenas de pessoas. “Tudo o que seja encontros resultantes dessa perspectiva da esperança que é comum a todas as pessoas humanas, é interessante”, afirma o capelão.

Médicos, enfermeiros, capelães e voluntários – todos se reuniram para falar de esperança.