Pometida em 2008, a integração de mais nutricionistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai começar a ser feita já este ano. O objectivo é aproximar Portugal dos números da Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende que o país precisa de cinco vezes mais nutricionistas para satisfazer as necessidades da população.

Maria Daniel Almeida, presidente do conselho directivo da Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), aplaude a medida. Até porque “cabe ao SNS satisfazer as necessidades dos cidadãos e os 75 nutricionistas distribuídos actualmente pelos centros de saúde portugueses “são poucos”, considera.

A nutricionista espera também que a integração de novos profissionais tenha “um efeito multiplicador”, acabando por atrair mais nutricionistas para as zonas carenciadas do interior.

Para Maria Daniel Vaz Almeida, no caso de doenças crónicas como a obesidade, “investir na prevenção é mais barato do que depois tratar”, e a prevenção é o “papel fundamental” dos nutricionistas integrados no SNS.

Para responder às necessidades do SNS, o Estado pode contar com os novos profissionais saídos da universidades. Maria Daniel Almeida diz que a FCNAUP forma nutricionistas em número suficiente e lembra que “já há universidades privadas a investir em cursos de nutrição”.