Vencedor do Kia Urban Challenge defende a importância do conhecimento científico

Vencedor da prova Kia Urban Challenge, o brasileiro Jackson Matsuura garante que a vitória de Fevereiro é “importante” para provar que, “quando o que conta é o potencial técnico e científico” de um país, e não os “investimentos financeiros”, não “existe um favoritivismo para um ou outro país”.

Matsurra foi o grande vencedor da prova Kia Urban Challenge, o maior título da Liga de Robochamps, uma competição de Robótica Inteligente organizada pela Microsoft. Em apenas três dias, o investigador, que trabalha em Portugal, teve de desenvolver um projecto de Robótica. Foi premiado por ter sido o programador mais veloz a criar uma espécie de motorista virtual.

Guiar um automóvel virtual, numa cidade também virtual, sem a interferência dos humanos, foi a proposta. O brasileiro também conseguiu poupar tempo, ao optar por um trajecto que evitava manobras arriscadas.

Nesta verdadeira corrida contra o tempo, Jackson Matsuura optou por uma solução “simples e eficiente” inspirada na “experiência de motorista, em participações passadas em competições de robótica e em conversas com integrantes do grupo de ITS (Intelligent Transportation System) do ISR-UC”.

Matsuura explica que este projecto consiste na “definição de uma rota” e posterior “divisão dessa rota em pequenos segmentos” como rectas e curvas. Depois, são utilizadas imagens de “câmaras simuladas”, para “alinhar o veículo com a rua e fazer o veículo parar nos sinais vermelhos”. Existe, também, um “sensor” que “detecta obstáculos à frente do veículo”, evitando, assim, uma possível colisão.

Jackson Matsuura, que participa em competições de Robótica Inteligente desde 2005, confessa ter ficado “muito feliz” por saber que era o vencedor desta prova, algo que não o surpreendeu muito. “Já sabia que tinha boas hipóteses de vencer, por ter desenvolvido a solução em apenas dois dias”.