Tiago Outeiro, investigador da Unidade de Neurociência Celular e Molecular do Instituto de Fisiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foi distinguido pela Sociedade Portuguesa de Neurociências, graças ao seu mais recente estudo na área das doenças degenativas como o Alzheimer ou Parkinson.

Depois de ter recebido uma “Instalattion Grant” da EMBO (Organização Europeia de Biologia Molecular) no valor de 250 mil euros, para continuar a estudar este tipo de doenças , o investigador português encabeça um projecto que se concentra num determinado tipo de enzimas, as sirtuinas, que se podem afirmar como uma nova terapia para estas doenças.

A equipa liderada por Tiago Outeiro conseguiu, assim, manipular estas enzimas, “que estão envolvidas no envelhecimento”, para desempenharem “um papel protector em doenças neurodegenerativas”, esclarece o neurocientista.

O objectivo deste projecto é estudar os “mecanismos moleculares envolvidos no envelhecimento e a sua relação com processos degenerativos do cérebro”. As doenças neurodegenerativas afectam um grande número de pessoas que, com estas descobertas, podem ganhar uma nova esperança.

“Pretendemos caracterizar os mecanismos moleculares envolvidos e identificar novas estratégias terapêuticas que poderão ser importantes para o combate na doença de Alzheimer e outras demências”, acredita o investigador.

Licenciado pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Tiago Outeiro salienta que este prémio foi uma “honra” e encara-o como um “estímulo para continuar”. O investigador sublinha que este projecto de investigação poderá “abrir novos caminhos para a terapia”. “Temos feito muitos progressos nos últimos anos, [mas] só com trabalho árduo e esperança poderemos um dia ser capazes de curar a doença”.