J.G. Ballard, autor de obras como “Crash” e “Império do Sol”, morreu esta segunda-feira, após uma luta prolongada contra o cancro da próstata. Ballard tinha 79 anos.

Autor de numerosos romances e colecções de contos, Ballard ficou conhecido em meios literários pela sua visão duma distopia futura, abordando repetidamente temas como desastres naturais, perversões sexuais e a crescente dependência da humanidade das máquinas. Em meios literários, o adjectivo “ballardian” é frequentemente utilizado para descrever livros que apresentam uma visão pessimista de sociedades futuras.

Mas para o público em geral, Ballard é conhecido principalmente por duas obras adaptadas para o cinema. “Crash”, de David Cronenberg, e “Império do Sol”, de Stephen Spielberg. São duas de muitas adaptações cinematográficas da obra do autor, que conta entre os seus admiradores nomes como Kinglsey Amis, Graham Greene e Jean Baudrillard.

Nascido em Xangai em 1930 e filho de pais britânicos, Ballard passou a infância num campo de internamento japonês, experiência que lhe serviu de fonte para “Império do Sol”. Emigrou para o Reino Unido em 1946 e entrou na Força Aérea em 1953, ano em que foi destacado para o Canadá. Foi aí que Ballard teve o primeiro contacto com a ficção científica, um estilo que marcou profundamente a sua obra.

Ballard foi diagnosticado com cancro da próstata em 2006.