Para os estudantes universitários portugueses, um portátil tende a ser cada vez mais um aliado indispensável nos estudos. Por isso mesmo, a maioria dos jovens opta por comprar um portátil quando entra no ensino superior.

Ana Luísa é estudante de Farmácia na Universidade do Porto. Apesar de ter um computador fixo, sentiu necessidade de comprar um portátil quando entrou para a faculdade. “O portátil é muito mais prático. É muito mais fácil trazer, dá muito mais jeito”, afirma a jovem. “Acho que as pessoas que entram na faculdade normalmente compram um”, diz.

Já Andreia Azevedo comprou um portátil há duas semanas, por causa do curso. Para a futura jornalista, o computador é “ uma coisa necessária e fundamental”.

Os trabalhos académicos tendem a ser o principal motivo da compra. Ana Luísa afirma que comprou o seu portátil para “poder trabalhar na faculdade” e para poder fazer trabalhos em qualquer lugar. “Andar na internet” é o motivo invocado por André Azevedo, estudante de Ciências Farmacêuticas.

Quanto aos preços, os estudantes acabam por comprar portáteis de preço médio. “O portátil não foi nem muito caro, nem barato. Acho que não precisava de grandes extravagâncias porque basicamente tinha aquilo que eu precisava”, defende Andreia Azevedo.

No entanto, há quem opte por comprar dos mais caros, por saber que é um investimento a longo prazo. André Azevedo comprou “o mais caro, para durar mais tempo”.

Vendas em baixa

Quebra das vendas a nível mundial

As vendas mundiais de computadores, com excepção dos servidores, sofreram uma forte quebra no primeiro trimestre do ano. Os dados foram avançados pelas empresas de pesquisa IDC e Gartner. Segundo as duas empresas, a quebra ronda os 7%. A nível mundial, os resultados mantêm o fabricante de material informático Hewlett-Packard na liderança, com cerca de 20% por cento do mercado.

Vítor Manuel trabalha numa loja de informática. Confirma que os portáteis que mais se vendem são os da gama média, com preços que variam entre os 600 e 800 euros. Ainda assim, o vendedor nota grande quebra a nível de vendas (ver caixa). “Toda a gente notou, seja a nível da informática ou de outra coisa qualquer. No geral, vende-se muito menos computadores”, afirma.

Mas nem só a crise explica diminuição nas vendas. NO casos dos jovens do secundário, “optam por aquilo do e-escolas” e isso tem levado à quebra das vendas. “Agora temos o Estado como principal concorrente da informática“, conclui Vìtor