O blogue “Baixa do Porto” já se tornou local de visita obrigatório para portuenses e jornalistas. Surgiu há cinco anos, com o objectivo de ser um espaço de debate sobre a situação da cidade do Porto.

Tiago Azevedo Fernandes, o responsável pelo blogue, é conhecido na blogosfera por TAF. Apesar deste ser um blogue público, onde qualquer pessoa pode participar, é Tiago quem selecciona quais os textos que vão ser publicados. “Uma solução de gestão colectiva era complicada e resolvi assumir a responsabilidade de eu próprio lançar tecnicamente o blogue e fazer também a gestão editorial”, afirma.

No “manifesto” publicado no primeiro post do blogue, a 18 de Abril de 2004, TAF salientava o objectivo de “produzir algo de útil (…) para que algo se faça no Porto”. Certo é que, meia década depois, o blogue continua a cumprir o papel de promover o debate sobre as necessidades da cidade. “As pessoas falam pouco umas com as outras, não debatem. Achei que valia a pena cobrir essa falha que existia (e que ainda existe)”, diz o blogger.

Mesmo que os temas debatidos sejam de âmbito nacional, n'”A Baixa do Porto” tudo é analisado numa perspectiva mais portuense. “Quando são questões que envolvem directamente decisões de âmbito nacional, elas têm lugar no blogue porque dizem directa ou directamente respeito à nossa vida aqui na cidade e na região”, afirma Tiago.

“Faz algum sentido que as questões ligadas ao debate da gestão da ANA, da privatização da ANA sejam debatidas porque isso tem impacto directo no aeroporto do Porto”, exemplifica.

Mas nem só TAF contribui para a dinamização d'”A Baixa” Com uma “audiência” média de mil pessoas por dia, o blogue conta com contributos recorrentes de” arquitectos conceituados, urbanistas, geógrafos, economistas, especialistas, um pouco de tudo”, defende o blogger.. “Talvez por isso este blogue tenha conseguido ganhar notoriedade na blogosfera”, remata.

Para todos os interessados em participar, basta enviarem uma mensagem de correio electrónico para o endereço disponibilizado no blogue. “Desde que o texto esteja escrito em termos minimamente civilizados, desde que diga respeito à cidade e à região, é publicado”, convida Tiago Azevedo Fernandes.