A Associação de Bares e Discotecas da Zona Histórica do Porto (ABZHP) quer que estes espaços de animação passem a ser vistoriados com regularidade por corporações de bombeiros de três concelhos da área metropolitana do Porto: Porto, Gaia e Matosinhos.

A proposta, que já foi apresentada às corporações de bombeiros do Porto e Gaia assim como à Câmara Municipal de Matosinhos, visa “prevenir” e alertar os empresários da área para a regularização de eventuais situações de estabelecimentos que estejam à margem da lei no que concerne a matérias de segurança

Segundo António Fonseca, presidente da ABZHP, a ideia surge “numa altura em que a segurança das pessoas que frequentam os nossos espaços terá que ser mais rigorosa” para “prevenir” e processar alterações pontuais neste tipo de estabelecimento. “O objectivo dessas vistorias é verificar se estará tudo em conformidade com a lei. Da parte dos bombeiros há também a possibilidade de haver um relatório no sentido de, caso necessário, se processarem algumas alterações”, defende o responsável ao JPN.

Higienização é o próximo passo

Depois da proposta junto das corporações de bombeiros, a Associação de Bares e Discotecas do Porto está já a ponderar avançar com um pedido de fiscalização preventiva junto da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte: “Eu acredito que os bares e discotecas cumprem todos os requisitos mas há pequenas alterações que não têm a ver com a higienização dos estabelecimentos e sim com a disposição das coisas. Com esse tipo de iniciativas, estamos a dizer que os bares não se importam de ter estas acções no sentido de melhorar e damos também a oportunidade à ARS do Norte de verificar se tudo está conforme o normal e proceder a alterações caso seja necessário”, esclarece António Fonseca.

O presidente da ABZHP afirma que o facto de se “antecipar as entidades” para este tipo de vistorias mais regulares contribui também para “alertar” os empresários para a necessidade de cumprirem todos os requisitos contidos na lei.

“De uma forma preventiva, estamos a antecipar as entidades que fazem as fiscalizações mas, ao mesmo tempo ,estamos a alertar os empresários para a necessidade das vistorias passarem a ser feitas de uma forma preventiva e regular e a salvaguardar os seus interesses”, conclui António Fonseca, reiterando ainda que é imperativo “garantir a segurança das pessoas que frequentam os espaços de animação.”

Quanto à receptividade por parte das autarquias e das corporações de bombeiros, António Fonseca acredita que se chegará a um acordo, apesar da proposta de vistorias mais regulares aos bares e discotecas não representar custos para os próprios empresários.

“Eu não quero acreditar que da parte dos comandantes não haja essa receptividade e, pela auscultação que fiz, há receptividade positiva, mas mesmo que fosse negativa nós não deixaríamos de reivindicar isso já que estamos a contribuir para o bem-estar da sociedade”, confessa o presidente da ABZHP.