Sensibilizar a população para a questão do meio ambiente foi o objectivo da primeira edição do projecto “Porto Ecologia na Cidade” que terminou este sábado. Durante dois dias, a iniciativa, pensada pela Associação Geradora de Indivíduos Livres (AGIL), levou aulas de yoga, TAI-CHI e capoeira, além de música, teatro e cinema, aos diversos pólos de cultura da cidade.

No Centro Comercial Bombarda, um dos pontos mais procurados do evento, o movimento foi grande. Para crianças, jovens e adultos, a regra foi descontrair. Entre um workshop e outro, os participantes aprenderam sobre alimentação sustentável, poupança da água e reciclagem para produzir instrumentos musicais e brinquedos.

Uma novidade trazida pela AGIL foi o desenvolvimento das actividades ligadas à ecologia do corpo. Esta foi “uma bricadeira encontrada pela associação para relacionar as actividades físicas à ecologia”, explicou Nuno Lacerda, um dos organizadores do evento.

O Palácio de Cristal, do Quintal, o Artes em Partes(Rota do Chá), o Zoorb, o Breyner 85 e o Armazém do Chá foram outros dos espaços culturais que se juntaram ao CCBombarda no “Porto Ecologia na Cidade”. O ponto alto do programa esteve por conta das centenas de crianças que aderiram às actividades de tempos livres, aproveitando para entender mais sobre a consciência ecológica.

“O público infantil é como se fosse o principal. É com as crianças que vamos conseguir mudar o mundo. É preciso sensibilizá-las para que se tornem, no futuro, mais ecológicas”, destacou Nuno Lacerda.

Para Rita Catita, membro da Associação Oragá que orientou o workshop sobre agricultura urbana,o projecto é “uma boa forma de sensibilizar as elites do contexto artístico e intelectual do Porto para as preocupações que são de todos”. “É uma óptima mobilização, que acaba por ser também o encontro de várias associações que têm os mesmos interesses”, salientou.