Está confirmada a existência do primeiro caso do vírus A/H1N1 em território português. Em conferência de imprensa, esta segunda-feira, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, afirma tratar-se duma mulher de 31 anos que tinha visitado o México recentemente, um caso já confirmado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ministra notou também que não existe risco de transmissão e que não será preciso alterar as medidas de segurança vigentes.

Em entrevista ao JPN, Margarida Tavares, a responsável pelo pelo plano de contingência para a Gripe A do Hospital S. João, afirma que a instituição está “preparada para a situação” e de momento está no processo de “planear e ajustar para uma fase posterior”.

Referindo-se a uma possível estagnação do número de infectados a nível internacional, a responsável mostra-se céptica, notando que “uma coisa são os números confirmados, mas pode haver mais”. Tavares acredita que o “número razoavelmente pequeno” de casos confirmados deve-se em grande parte “às extraordinárias medidas de precaução” tomadas “a um nível internacional”.

No entanto, tratando-se de um “vírus capaz de se transmitir de pessoa para pessoa” e uma vez que “a população não está imune”, a representante avisa que, “muito provavelmente”, vai existir uma “segunda vaga da epidemia” e que, portanto, “os números não vão estagnar”.