Passavam cinco minutos das dez da noite quando Brandie Carlile entrou no palco do Coliseu do Porto para um concerto de uma hora e meia certa.

O violoncelo marcou o ritmo durante quase toa a actuação, tendo papel de destaque logo no início, quando ainda não tinham entrado os restantes elementos da banda.

A voz rouca e a música que misturava o indie com o country fizeram dançar até os mais velhos que ali se encontravam, apesar das vozes “angelicais” dos gémeos Hanseroth que embalavam o público.

Entre temas dos vários álbuns, a cantora norte-americana apresentou um tema do seu novo disco, ainda por editar – “Oh Dear” – e interpretou vários temas de Radiohead, Beattles e Johnny Cash. A “ressurreição” de Cash representou, aliás, um dos momentos mais altos da noite, com toda a banda a explodir em simultâneo.

Outro dos grandes momentos da noite foi quando Brandi Carlile interpretou “What can I say” numa versão totalmente a cappella. Rodeada pelos gémeos Phil (no baixo) e Tim Hanseroth (na guitarra) que a acompanharam apenas com voz e guitarra, a cantora fez-se ouvir sem microfone e sem qualquer tipo de tecnologia associada.

Comunicadora como poucos artistas são, Brandi Carlile não parou nunca de agradecer ao público portuense o carinho demonstrado durante um espectáculo. em que aproveitou para partilhar vários episódios da sua carreira. Com uma voz que enchia o Coliseu do Porto, Brandi Carlile despediu-se de um público em êxtase com uma coverda música “Hallelujah” de Leonard Cohen.