Cigarros nas pedras da calçada, beatas nos passeios, gordura das ruas. Os maiores problemas das principais artérias da Ribeira foram observados, esta quinta-feira, pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Álvaro Castello-Branco, e pelo presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (AZBHP), António Fonseca.

Quase uma semana depois do arranque do projecto de limpeza, Álvaro Castello-Branco visitou a zona ribeirinha. “É preciso mais tempo para fazer um balanço”, confessa o autarca, acrescentando, porém, que o que viu “foi extremamente positivo” e que vai “tentar corrigir” os problemas encontrados.

Este projecto de limpeza está a agradar moradores e comerciantes. Para Remígio Sá Pinto, funcionário de um bar na Ribeira, a limpeza “já devia ser feita há mais tempo”. “É bom porque dá trabalho a quem precisa na Ribeira”, acrescenta.

“Acham bem e estão todos contentes porque os moradores da Ribeira estão a zelar pela Ribeira”. Satisfeita, Ana Madureira, moradora, fala do agrado geral dos habitantes ao verem pessoas desempregadas da freguesia a terem uma oportunidade de trabalho. É o caso de Manuel Fernando, de 54 anos, agora a trabalhar na limpeza das principais ruas da Baixa. “Queria trabalhar, fazer alguma coisa”, manifesta.

Aos comerciantes, António Fonseca, presidente da ABZHP, pede que cooperem na iniciativa. “É um projecto que tem pernas para a andar, mas que também vai ter de ser acarinhado pela população local. Estamos a querer a participação dos moradores e de comerciantes para minimizar esta situação”, revela.