Na última noite da “semana mais louca da Academia do Porto”, foram muitos os estudantes que não quiseram perder a oportunidade de se despedirem da Queima das Fitas. Num Queimódromo cheio e que juntou várias gerações, coube à música “made in Porto” marcar o tom da festa.

Quando a noite começou pairava no ar uma única dúvida: será que vai ser feito o dueto? A resposta tardou a chegar mas os Per7ume e Rui Veloso acabaram por partilhar o palco e fecharam a última noite de Queima a cantar em uníssono com o público.

Queima do Porto no JPN

Até domingo, dia 10 de Maio, o JPN vai acompanhar os momentos mais emblemáticos da Queima das Fitas do Porto 2009. Das noites no Queimódromo às vibrações do Cortejo, passando pela música do FITA, não percas tudo o que interessa saber sobre a semana mais longa da academia do Porto.

Antes, coube aos Per7ume aquecer a plateia que se foi juntando ao palco com mais de uma hora de antecedência. A banda portuense, sempre em interacção com o público, apresentou o álbum de estreia aos estudantes e garantiu, em conferência de imprensa, que “seria muito bom voltar a tocar na Queima das Fitas”.

Num concerto com pouco mais de uma hora de duração, os Per7ume cativaram a plateia que esperou até ao fim para ouvir o aguardado “Intervalo”.

Animado, Rui Veloso entrou em palco e só saiu duas horas depois, lado-a-lado com os Per7ume. Num concerto calmo onde o público conhecia bem as letras das músicas, temas como “Não Há Estrelas No Céu”, “Chico Fininho” ou “Lado Lunar” fizeram as delícias de todos os que assistiram ao último concerto da Queima das Fitas 2009.

Mas foi o último tema que levou o público ao rubro. Com os Per7ume, Rui Veloso cantou e encantou com o tema “Intervalo” da autoria da banda portuense. Em palco e na plateia, todos sabiam a letra da música e protagonizaram o momento alto da noite. Rui Veloso, que toca na Queima das Fitas há muitos anos, garante que “a Queima é extraordinária” e que a aposta em músicos portugueses “é um excelente exemplo”.

Queima das Fitas “de encontro às expectativas dos estudantes”

No final de uma semana marcada alguns por contratempos, Filipe Almeida, presidente da FAP, garante [Entrevista] que o “o balanço é positivo, quer das noites de Queima quer das actividades académicas. Foi um ambiente extremamente simpático, eufórico e agradável aquele que se viveu”.

Com uma adesão elevada, os bilhetes esgotaram para as noites de terça e quinta-feira. Ainda sem números concretos, Filie Almeida admite que as pessoas “deixaram-se contagiar pelo ambiente da Queima”. Quanto à falha de luz de terça-feira, Filipe Almeida garante que as causas do incidente “são alheias à FAP” e que a “segurança do recinto e dos estudantes nunca esteve em risco”.

Madalena Santos, finalista da Faculdade de Direito da UP, explica ao JPN que “esta foi uma Queima muito especial e que vai deixar saudades” mas que a falha de luz “foi um escândalo”.

Apesar dos problemas, Luís Amorim e Raquel Oliveira, finalistas de Enfermagem garantem que “foi uma boa Queima”. Luís acrescenta ainda que os estudantes viveram “o verdadeiro espírito académico” e promete voltar para o ano.

Numa edição da Queima das Fitas que pretendeu “agradar a maioria dos estudantes” e que “fez de tudo para ir de encontro às expectativas dos estudantes”, como garante Filipe Almeida, Marta Baixinho, que já terminou a licenciatura há dois anos, garante que a Queima é sinónimo de “álcool, diversão, amizade e saudade para aqueles que estão a acabar os cursos ou já terminaram”.

Mas se a Queima traz cada vez mais gente a cada ano que passa, Marta garante também que a organização “tem vindo a piorar. A FAP não faz tudo o que pode pelos estudantes e começa a perder credibilidade”, acusa.

Numa semana repleta de “diversão e loucura”, como admite Raquel Oliveira, a Queima das Fitas do Porto encerrou já este domingo com a Garraiada na Praça de Touros da Póvoa de Varzim.