Assinala-se, esta sexta-feira, o Dia do Autor Português, data que coincide com o 84.º aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

“Um dia de festa e de luta”, caracteriza o vice-presidente da SPA e escritor, José Jorge Letria. Um dia de festa em que, pela primeira vez na história da instituição, se vão distribuir troféus às entidades que têm dado importância e destaque aos escritores portugueses. Ao todo, vão ser distinguidas 38 personalidades e entidades, entre as quais a agência Lusa e a RTP.

A José Cid será atribuído o Prémio de Consagração de Carreira. Tem uma “obra de uma vivacidade e uma presença exemplar quanto àquilo que achamos que pode ser a vida e a longevidade de um autor”, destaca José Jorge Letria.

Vão ser também entregues também 26 medalhas de honra a pessoas de “diferentes sectores da cultura”, cooperadores de idade avançada que “deram um contributo importante”, realça o vice-presidente da SPA.

Número considerável de autores em dificuldades

O escritor não deixou de realçar a situação em que se encontram muitos autores portugueses.”Hoje em dia há um número muito considerável de autores a viver em dificuldades”, realça José Jorge Letria. “Este dia é um dia de protesto para chamarmos a atenção para o que se passa com os autores”, defende.

Na comemoração desta data, o JPN escutou dois escritores portugueses. António Mota, autor de livros para crianças, destaca a importância de se falar do autor porque é bom “lembrar-se que as coisas acontecem e que alguém está por detrás delas”.

Já Ana Luísa Amaral revela que este dia é “um incentivo à leitura”. Quanto à situação dos autores portugueses, a escritora não se mostra preocupada, pois, comparada com muitos países, “não está assim tão má”. “Em Portugal publica-se muito”, justifica.

A cerimónia de comemoração do Dia do Autor tem início às 18h30 desta sexta-feira na Galeria Carlos Paredes, no edifício da SPA, em Lisboa.