No segundo dia do V Congresso Internacional de Futebol, que decorreu no Instituto Superior da Maia (ISMAI), Jesualdo Ferreira foi a figura central. O treinador do F.C.Porto foi homenageado, esta sexta-feira, pela instituição, que o distinguiu pelo empenho num clube que é “a grande marca nacional”.

Jesualdo discursou sobre os seus 35 anos de carreira, afirmando que “a única medalha ao longo destes anos é o reconhecimento”. O treinador revela, contudo, alguma desilusão, ao salientar que o seu trabalho no F.C.Porto “só foi reconhecido há dois meses”.

Ainda assim, o técnico dos azuis e brancos atribui ao sucesso o “sacrifício” e a “paixão” pelo futebol. “Não acredito em treinadores que não tenham paixão pelo jogo.”

Também presentes no evento estiveram alguns ex-jogadores como João Pinto, Rui Barros e Rui Pedro Silva, que o técnico fez questão de homenagear, bem como aos jogadores com quem trabalha. “Sem os jogadores seria impossível concretizar as minhas ideias”, afirmou.

O técnico dos tetracampeões evocou ainda Carlos Queirós como uma das pessoas mais importantes na sua carreira, salientando que a “entrega” é uma das principais características para se ser um bom treinador.

“A táctica do talento”

Luís Freitas Lobo também participou no congresso. O comentador desportivo, na sua intervenção “Futebol: clássico e moderno…arte e ciência…a táctica do talento”, deu conta dos principais factores a ter em conta na estratégia de uma equipa. “A melhor táctica é ir transformando a técnica em táctica”, rematou.

Seguiu-se um debate entre várias figuras do desporto: os treinadores Domingos Paciência, Jorge Jesus, José Mota, Paulo Sérgio Brito e Rui Quinta e ainda o presidente da Associação Nacional de Treinadores, José Pereira. Também Agostinho Oliveira, da Selecção Nacional de Futebol, participou na discussão sobre a técnica e a táctica do futebol.

Durante o evento, que decorreu esta quinta e sexta-feira, houve ainda tributos a Luís Figo e ao Bi-Bota de Ouro, Fernando Gomes.