As indústrias e os serviços em que a Língua Portuguesa é um elemento chave representam 17% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal, é a primeira conclusão do estudo “O Valor Económico da Língua”, encomendado pelo Instituto Camões a uma equipa de investigadores do Instituto Superior de (ISCTE).

Referenciado no relatório da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, sobre o Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico, debatido na semana passada, no Parlamento, o estudo estabelece um paralelo com estudos espanhóis para calcular o valor da língua em percentagem do PIB de produtos e actividades económicas como comunicação social, telecomunicações ou ensino.

O relatório final será conhecido em 2010 e pretende servir de base de análise “às novas oportunidades da língua portuguesa”.

Um valor superior ao espanhol (15%), “em resultado da maior terceirização da economia portuguesa em relação à espanhola. Os sectores primário (agricultura, matérias primas) e secundário (indústria), em que a língua é menos importante, pesam mais na economia espanhola”, de acordo com os investigadores citados pelo relatório da CPESC.