Em dia de inauguração, muitos foram os curiosos que se dirigiram à Baixa do Porto para espreitar os livros disponíveis pelos cerca de 120 pavilhões presentes na 79ª edição da Feira do Livro do Porto.

Rui Rio presidiu à abertura, salientando a importância do evento, que regressa trinta anos depois à Avenida dos Aliados. “O regresso da Feira do Livro é das poucas coisas que faz o consenso da cidade do Porto. Toda a gente sente orgulho que a Feira do Livro possa regressar ao seu espaço natural, hoje mais apropriado para receber este tipo de eventos”, afirmou.

O presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Rui Beja, realçou que o protocolo assinado com a Câmara Municipal do Porto para garantir a continuação do evento neste local é uma “demonstração de vitalidade, de querer e de saber por parte do sector editorial”. O responsável acrescentou ainda que, numa altura de “crise económica financeira e social editores e livreiros souberam dar mãos, concentrar-se nos interesses que os unem e organizar um certame deste tipo”.

Dinamizar a Baixa do Porto é um dos objectivos que o presidente da CMP espera conseguir este ano, cumprido que está o primeiro. “O compromisso da Câmara era regressar sem chuva”, gracejou Rui Rio, antes de apelar à reflexão através dos livros. “O livro é dos melhores elementos para nos convidar à reflexão, que na sociedade presente é cada vez mais escassa”.

Presentes na inauguração estiveram também a secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos e a governadora civil do Porto, Isabel Oneto.

Visitantes satisfeitos

No primeiro dia, vários visitantes deslocaram-se [Vídeo] à Baixa para ver as novidades da feira. Elsa Bessa, da editora Cento Atlântico, revela que “as pessoas têm mostrado interesse, mas neste dia vêm sobretudo para ver o catálogo”.

Cristina Garcia foi uma das visitantes que esteve presente na abertura, marcada pela animação a cargo de palhaços e malabaristas. “Venho todos os anos, geralmente para comprar livros para a minha filha”, contou ao JPN.

Quanto ao regresso da feira aos Aliados, a ideia de dinamizar a Baixa da cidade parece agradar à maioria. Elsa Bessa revela que pode ajudar “a dar uma nova dinâmica” a uma “Baixa um bocadinho adormecida”.