Políticos, artistas, apresentadores de TV, críticos de arte. Foram muitos os convidados na abertura oficial da exposição “Serralves 2009 – A Colecção”, na Fundação de Serralves, na sexta-feira, 29 de Maio, um evento que se enquadrou nas comemorações dos 20 anos da Fundação e dos 10 anos do Museu.

Esteve presente na cerimónia o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que condecorou o presidente da Fundação de Serralves, António Gomes de Pinho, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

No discurso, Cavaco Silva acentuou a importância de se continuar o trabalho realizado pela Fundação de Serralves e a importância da instituição como uma “factor de afirmação da região do Norte” que “estende as suas influências para além da região”.

“É preciso agora alargar estas iniciativas para fora de Serralves, procurar outras associações, organizações, fundações e fazer disso uma escola maior, multiplicar o êxito e levá-lo para outros lugares do país”, sublinha o ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro.

Também a candidata socialista à presidência da Câmara do Porto, Elisa Ferreira, marcou presença na inauguração e não poupou elogios à Fundação de Serralves. “É o triunfo de uma experiência que é resultado da parceria activa e inteligente entre o Estado e organismos privados.”

Para a candidata, Serralves é uma das principais instâncias que “projecta internacionalmente” o Porto, fazendo com que a cidade possa “competir com outras metrópoles”. “Quem fizer a diferença entre cultura e sociedade não está a ver o que é uma cidade do século XXI no espaço competitivo europeu”, rematou.

O cineasta português Manoel de Oliveira, que em Julho do ano passado teve uma grande exposição em Serralves dedicada à sua obra, afirmou ver em Serralves “um exemplo para a expansão das belas artes e do cinema em âmbito nacional e internacional”. “É possível observar neste sítio as expressões artísticas que se modificam com o passar do tempo”, comenta o cineasta.

Já o artista Vítor Pomar, que já teve suas obras expostas várias vezes no Museu, lança a questão: “Alguém é capaz de imaginar o que seria a vida artística hoje em Portugal sem Serralves?”. “É uma peça incontornável no panorama nacional”, completa.

A exposição, comissariada pelo director do Museu, João Fernandes, e pelo crítico de arte, Ulrich Loock, fica patente no Museu até 27 de Setembro.