As negociações para comprar a Qimonda Solar estão fechadas. O investimento, de cerca de 150 milhões de euros, poderá criar, numa primeira fase, 400 postos de trabalho directos e, posteriormente, 600. De acordo com a agência Lusa, o consórcio para salvar a empresa é formado pela EDP, pelo banco angolano BPA (detido pela Sonangol), pela Visabeira, pela DST, pela sociedade estatal de capital de risco InovCapital e pelo grupo alemão Centrosolar.

O acordo que determina a compra dos 51% da fábrica de células solares para painéis fotovoltaicos detidos pela Qimonda AG foi assinado na sexta-feira. O negócio será financiado para já pelo BES e pelo BCP e, numa fase posterior, também pela Caixa Geral de Depósitos.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Porto, Miguel Moreira, “tudo o que seja para criar empregos e para produzir em Portugal é bom”. Ainda assim, Miguel Moreira alerta para as possíveis consequências da decisão: “Não pode é acontecer o que aconteceu com a Qimonda Portugal”. “Temos que olhar sempre com total desconfiança para as decisões do Governo”, conclui.

Viabilização da Qimonda Portugal apresentada terça-feira

O futuro da Qimonda Portugal continua em aberto. Esta quinta-feira, os trabalhadores da fábrica de Vila do Conde aprovaram a proposta de viabilização da empresa, que será apresentada na próxima terça-feira.

“Resta esperar pelo próximo dia 9 para ver o que se resolve na assembleia de credores”, afirmou Miguel Moreira ao JPN.

Entretanto, a empresa promoveu, até sexta-feira, acções de apoio aos trabalhadores que cessaram o contrato. A iniciativa, que decorreu nas instalações da Qimonda Portugal, pretendia “promover encontros com as entidades competentes, como por exemplo o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Segurança Social”, informa o comunicado.

Para os trabalhadores que se encontram abrangidos pela medida de suspensão do contrato, a empresa organizou sessões informativas que fomentam, por exemplo, o aumento dos níveis de escolaridade.