As grandes quantias de dinheiro são o principal atractivo dos torneios de Poker no casino. Tiago Barbosa afirma que o “factor monetário, de ganhar o torneio” é o que o atrai mais neste tipo de eventos ‘live'(ao vivo)”. O jovem joga entre um a dois torneios por mês, ainda que teste frequentemente a competição “em casa, com os amigos”.

Presença garantida “num torneio por mês”, João Correia garante que prefere jogar nos torneios, pois “aos amigos é chato estar-lhes a roubar dinheiro”. “Com os amigos é uma situação muito mais descontraída, dá até mesmo para experimentar novas abordagens ao jogo e claro que o risco é sempre muito menor”, refere por sua vez João Amorim, também ele presença assídua em torneios.

Tiago Barbosa já participou em cerca de 30 torneios. A melhor prestação foi na final do Campeonato Nacional, o maior torneio ao vivo em que participou em Portugal. Com 25 torneios no currículo, João Correia já ganhou 16 mil euros com um segundo lugar. João Amorim e Mafalda Lopes contam com terceiros lugares em várias competições nacionais e internacionais.

Las Vegas é “respirar Poker, jogar Poker, ver Poker”

Mafalda Lopes destaca-se dos jogadores entrevistados pelo JPN por já ter tido a oportunidade de jogar no World Series of Poker em Las Vegas. “É entrar numa sala, num salão gigante, cheio de pessoas, mesas, encontrar ao nosso lado um ídolo, jogar na mesma mesa de um ídolo”, descreve a primeira mulher portuguesa a jogar no maior torneio do mundo.

“Para um jogador de Poker, aquilo é respirar Poker, jogar Poker, ver Poker; uma pessoa olha para um lado e para o outro e só vê Poker”, recorda Mafalda Lopes, sobre a experiência passada na “cidade do jogo”. “Aquele torneio fez-me ver o poker de outra maneira, pois joguei num torneio com uma estrutura que nunca houve em Portugal”, acrescenta.

De entre seis mil jogadores, Mafalda ficou classificada entre os dois mil e oitocentos. Jogou cerca de dez horas no primeiro dia, conseguindo manter sempre o mesmo número de fichas. “Não perdi muito”, atira. O pior viria no segundo dia, altura em que, depois de passar de dezassete mil fichas para vinte mil, jogou três mãos que a levaram a perder. Contudo, Moranguita considera que a sua prestação no torneio foi positiva. “Passei acima dos 50%, só tenho que estar contente”.