A lista de jogos que envolvem dinheiro é grande. Hoje em dia, aposta-se dinheiro nas mais variadas coisas, mesmoque não estejam directamente relacionadas com cartas ou outro qualquer tipo de jogo. Qual será, então, o factor que faz com que o Poker se destaque no meio de toda a lista de jogos de apostas?

Para Tiago Barbosa, a “estratégia” e a constante evolução do jogador são as componentes mais atractivas do Poker. “Não há forma de conseguir parar de evoluir no jogo”, explica o o jogador. Já João Correia aponta a “competição” e o “dinheiro” como sendo “o melhor” do Poker.

O dinheiro não foi o que motivou Mafalda Lopes. O que mais chamou a atenção da “Moranguita” foi a competição e a componente psicológica do jogo. “Não temos parceiros, estamos a jogar sozinhos e esse jogo depende muito das nossas capacidades, da nossa confiança, da nossa psicologia também”, refere ao JPN, acrescentando que o “Poker é um jogo bastante psicológico e de força mental, uma pessoa tem de se controlar bastante”.

A “concentração” é outro dos elementos chave para se ser um bom jogador. Mafalda Lopes diz que “às vezes basta um erro para perdermos o torneio e acabou”. Por isso, “é necessário estar com atenção a cada aposta que se faz, cada movimento, a respiração, alguma veia que esteja a palpitar, se o jogador está inquieto ou calmo”.

“É impossível dizer que não interfere nos estudos”

Para atingir este nível de jogo, muitas vezes os estudos são deixados pelo caminho. “O tempo que passo a jogar acaba por ser o tempo que devia passar a estudar”, diz Tiago Barbosa.

João Amorim estudava até ao ano passado, altura em que decidiu fazer uma pausa. “Achei que era melhor, senão não fazia bem nem uma coisa nem outra. Decidi fazer uma pausa para ver se isto realmente dá nalguma coisa”, desvenda o jogador.

João Correia também fez uma pausa aos estudos apesar de estar matriculado na faculdade. “É impossível dizer que não interfere. Quem disser isso é porque joga pouca. Se jogar como forma de rendimento mensal é impossível equilibrar as coisas pelo menos com melhor rendimento”, realça.

Apesar de ser a sua fonte de rendimento, João Correia não vê o Poker como um modo de vida. Já João Amorim admite que “é uma profissão que adorava fazer se é que se pode chamar a isso profissão, mas é muito complicado”.

Mafalda Lopes já está no último ano do curso de ciências farmacêuticas e sempre viu o Poker como um hobby, o que fez com que o jogo não interferisse com os seus estudos. O próprio jogo necessita de raciocínio, pois como diz Moranguita “o Poker é um jogo estudado. Uma pessoa tem de estudar, tem que compreender o adversário”, logo, “um jogador que estude tem sempre mais probabilidade de ganhar do que aquele que está lá só por diversão”, remata.