O cartune vencedor do XI PortoCartoon-World Festival transformou-se numa escultura. O monumento foi inaugurado, esta segunda-feira, pela director do Museu Nacional da Imprensa e organizador do Porto Cartoon, Luís Humberto Marcos, que considera a colocação da escultura na cidade como um “acto singelo”, mas que tem repercussões para “a arte, os cartoonistas, o Porto”.

A escultura marca um dos locais por onde passará um “roteiro do humor” que a organização do festival quer implementar. A primeira “marca” desse roteiro turístico situa-se na Avenida dos Aliados, onde o ano passado foi colocada uma escultura de Álvaro Siza Vieira.

Para o director do Museu Nacional da Imprensa, esta iniciativa pretende “implantar o humor nos marcos da cidade”, para permitir “uma associação clara entre o humor e a riqueza da própria cidade”, salientando, também, a rapidez com que o Porto Carton se tornou um dos “principais festivais de cartune do mundo”.

Em representação do vereador da Cultura da, que não pôde estar presente, o vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, Lino Ferreira, afirma que “a cidade do Porto está muito sólida como capital mundial do cartune” e destaca a localização privilegiada do monumento, instalado numa “zona a viver um momento de grande transformação”. O vereador garantiu, ainda, o apoio da Câmara Municipal para “prosseguir o projecto” do festival.

O cartunista romeno Mihai Ignat, autor do cartune vencedor do XI PortoCartoon-World Festival que tinha como tema as “Crises”, mostrou-se feliz por “inspirar outro artista através da sua obra”, salientando a sinergia possível entre diversas formas de arte.

Quem também esteve presente na inauguração foi o escultor da obra, Acácio de Carvalho, que destaca a sinergia entre o cartunismo e a escultura como “um bom exemplo” das “barreiras cada vez menores entre o tridimensional e o bidimensional”. O escultor entende que faz “muito mais sentido” que a escultura esteja na cidade, pois permite à população “interagir” com a obra. “Podem tirar fotografias com a escultura, aproveitar a escultura”, explica Acácio de Carvalho.