Já em 2008, Mário Pinto, estudante de mestrado em Novos Media e Práticas Web na Universidade de Lisboa, tinha participado no curso Digital Transformation of Organization, conduzido por Gary Chapman, professor da Universidade do Texas (Austin) na Universidade do Porto (UP)

Um ano depois, com o intuito de “encontrar alguém para construir alguma coisa”, Mário Pinto não quis deixar de participar na International School of Digital Transformation, mais uma iniciativa que se insere no programa UT Austin-Portugal, que teve lugar esta semana na UP

Se o objectivo foi alcançado? “Em quatro dias criou-se aqui um projecto”, diz, peremptório, Mário Pinto, que agora se encontra a desenvolver uma plataforma online dedicada à Free Culture, juntamente com uma equipa de quase quinze pessoas que não se conheciam antes de se cruzarem aqui na Internacional School.

O blogue já foi criado e as ideias vão continuar a ser trabalhadas, mesmo quando todos os membros da equipa voltarem a casa. “Hoje a geografia já não é barreira”, justifica o estudante.

À facilidade em encontrar alguém para “construir algo em comum”, junta-se a “abertura de mentalidades” e o apelo à “discussão” com estudantes de todo o mundo. Estas qualidades formam esta reunião de mais de 50 “pessoas inteligentes” num pequeno laboratório de conhecimento que, diz Gary Chapman, um dos organizadores, serve para “mudar o mundo e as sociedades” através de “novas ferramentas tecnológicas”.

Para isso, durante uma semana, de 19 a 24 de Julho, mais de 50 alunos juntaram-se no auditório da reitoria da UP para apresentar trabalhos, discutir, ampliar conhecimentos dentro do tema. Uma “multidisciplinaridade” que, diz Artur Pimenta Alves, professor da Faculdade de Engenharia da UP, leva ao “sucesso” da iniciativa, que promete continuar para o ano.