Tudo a postos… luzes, câmara, acção! Esta noite, as câmaras que garantem a videovigilância da Ribeira entraram em funcionamento. Agora, todos os dias, entre as 21h00 e as 7h00, um agente estará destacado na Central de Monitorização, em pleno Comando Distrital da PSP do Porto, para visualizar e analisar as imagens captadas pelas catorze câmaras do sistema.

Um mecanismo que “vai permitir elevar os níveis de segurança da zona”, afirmou, esta quarta-feira, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que se deslocou à zona ribeirinha para passar revista ao sistema. Uma visita que também contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, bem como do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Magalhães,.

“Vai ter ainda um efeito de dissuasor de prevenção”, acrescentou o ministro, já que agora que “as pessoas sabem que ele [o sistema de videovigilância] funciona, vai [permitir] evitar actos ilícitos”.

As câmaras estão colocadas de forma discreta pelas principais ruas da Ribeira, nomeadamente na Praça da Ribeira, na Rua da Fonte Taurina e na Rua das Canastreiras e podem até ser confundidas com “candeeiros”, como observaram os governantes.

Rui Pereira realçou ainda que o dispositivo é importante para “apurar” onde se podem “colocar efectivos para patrulhamento e policiamento”. “É um sistema ao serviço da investigação criminal. As imagens servirão de meio de prova nos respectivos processos criminais”, frisou.

Sistema noutros pontos da cidade

Já Rui Rio, que se recandidata este ano à Câmara do Porto, também salientou a importância da videovigilância e esclareceu que o sistema não põe em causa a privacidade dos moradores – mal uma câmara capta uma janela, por exemplo, é colocada, automaticamente, uma mancha cinzenta na imagem.

O autarca admitiu ainda que o sistema pode ser implementado noutras zonas da cidade do Porto, nomeadamente nos Clérigos, actualmente um local de grande animação nocturna, como apontou o presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto e ideólogo da iniciativa, António Fonseca.

À semelhança deste projecto, estão a ser implantados sistemas em Portimão, no Santuário de Fátima, em Coimbra e, futuramente, na Baixa de Lisboa, de acordo com informações adiantadas pelo ministro da Administração Interna.