Para impedir a possível deslocação do Red Bull Air Race para Lisboa, a Associação de Comerciantes do Porto (ACP) apela ao boicote dos produtos dos principais patrocinadores do evento: TMN, GALP e EDP.

Em comunicado, o presidente da ACP, Nuno Camilo, defende a continuidade das provas no Rio Douro por estas serem “uma excelente forma de promoção turística da região e uma verdadeira oportunidade para dinamizar e fortalecer o comércio tradicional”. O responsável acrescenta que se as provas se vierem a deslocar para Lisboa, só faltará tirar “o Vinho do Porto e o Futebol Clube do Porto à região Norte”.

Considerado por muitos um dos maiores acontecimentos desportivos realizados em Portugal, o Red Bull Air Race conseguiu, em Setembro, juntar um milhão de pessoas nas margens do Douro.

A ACP critica, assim, aquilo que diz ser uma falta de preocupação do Governo em promover uma região que tem uma das mais elevadas taxas de desemprego do país. “A ACP olha para o turismo e grandes eventos como mais uma janela de oportunidade para o comércio e não pode ficar indiferente a esta situação”, acrescenta Nuno Camilo.

Críticas

Também os deputados do PSD eleitos pelo círculo do Porto pediram explicações ao Ministro da Economia, Vieira da Silva, sobre a eventual deslocalização da prova para Lisboa, num documento entregue na Assembleia da República a 27 de Novembro.

“A possibilidade da deslocalização para Lisboa, para além de injusta e despropositada, dado o actual contexto sócio-económico regional, deita por terra todo o investimento já feito”, asseguram os parlamentares.

Esta sexta-feira foi anunciado que os autarcas do Porto e de Gaia iam reunir-se com a organização da prova, a fim de evitar qualquer deslocalização. Menezes critica o Governo de “roubar” o evento, enquanto que Rui Rio lamenta a falta de bom senso do poder central. Entretanto, também vieram a lume notícias que davam conta da mudança do evento para Espanha