O desporto sempre foi uma das suas grandes paixões, principalmente o futebol. Em entrevista ao JPN, Hermínio Loureiro confessa que era o típico rapazito que jogava à bola na estrada, com pedras a marcar as balizas improvisadas, e sempre que podia ia com o pai e o avô “ver a bola”. “Foi a forma com que me habituei a ver e a gostar de futebol.”

Mesmo com o cargo de presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Hermínio Loureiro não tem problemas em afirmar que a sua preferência clubística recai no Sporting (SCP). Afasta, no entanto, qualquer influência que isso possa ter no seu trabalho. Refere, como exemplo, a saída do SCP da Liga, uma decisão que teve de aceitar. Afinal, não se pode “confundir o plano clubístico com as opções que cada um toma”.

Hermínio Loureiro reconhece, contudo, que nem sempre é fácil separar as duas vertentes e realça que Portugal “tem uma excessiva cultura clubística e uma deficitária cultura desportiva”. “Gostava de um futebol com menos excessos. Podemos ter uma paixão enorme mas essa paixão não se pode tornar obsessiva ou excessiva.”

Ameaças e críticas

O seu cargo na Liga pode ser, por isso, arriscado e o presidente confirma que já foi ameaçado, mas reagiu com naturalidade e deixou as autoridades competentes tratarem do assunto. Como o próprio afirma, “são questões que estão infelizmente associadas ao desempenho destas funções”.

É também alvo de muitas críticas. Por exemplo, Pinto da Costa, presidente do Futebol Clube do Porto, desejou que Hermínio Loureiro vencesse a Câmara de Oliveira de Azeméis, de forma a antecipar a sua saída da Liga.

O presidente da LPFP acabou mesmo por vencer e hoje acumula os dois cargos. Já anunciou, porém, que não se vai candidatar a um novo mandato à frente da Liga.