Milhares de populares reuniram-se hoje, domingo, na Avenida dos Aliados, para assistir à abertura oficial das comemorações, que só aconteceu hoje, apesar das diversas actividades que tiveram lugar ontem, sábado.

À cerimónia e a parada militar assistiram diversas personalidades da vida política portuguesa, destacando-se as intervenções do primeiro ministro e do presidente da República. Cavaco Silva aproveitou a ocasião para salientar “o papel importante das comemorações para falar, ouvir, entender e explicar” o que aconteceu na revolta de 31 de Janeiro. O Presidente da República considera que as comemorações “podem ser semente de um novo espírito de cidadania, que deve prolongar-se para além de 2010”.

Também José Sócrates espera que estas comemorações “conduzam a uma inspiração contemporânea, fundada nos valores da República”. O primeiro ministro referiu ainda que a implantação da República significa “uma grande viragem histórica, e não foi por acaso que aconteceu no Porto, já que é um dos símbolos da liberdade”.

Já Artur Santos Silva, presidente da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República, lembrou a importância da História para a construção da democracia actual. “É útil confrontar os ideais republicanos com os desafios actuais”, referiu.

As comemorações prosseguiram durante a tarde. A escalada na Torre dos Clérigos pela Associação Portuguesa de Parkour, o concerto das Forças Armadas na Cordoaria e a exposição “Resistência. Da Alternativa Republicana à Luta contra a Ditadura (1891-1974)”, inaugurada pelo presidente da República e patente no Centro Português de Fotografia foram algumas das actividades comemorativas que mais público cativaram.

Ao longo de 2010 vão realizar-se mais 500 iniciativas por todo o país para lembrar e celebrar os ideais da República, sendo que as celebrações da efeméride só terminam em Agosto de 2011.