O estudo “Promoção de Investimento pelo Estado e Sustentabilidade das Contas Públicas”, encomendado pelo Ministério das Finanças, conclui que o investimento nas linhas do TGV de Lisboa-Porto e de Porto-Vigo aumentam a dívida pública e o endividamento nacional.

O estudo prevê mesmo que os investimentos necessários para as duas linhas de TGV para Norte só a longo prazo poderão ter algum retorno no caso do troço Lisboa-Porto e que as contas da linha Porto-Vigo deverão ser sempre negativas.

No entanto, questionado pelos jornalistas, o Ministro da Presidência desvalorizou as conclusões do estudo. Pedro Silva Pereira lembrou que “todos os investimentos implicam, numa primeira fase, um endividamento” e que “a prazo, trazem retorno para a economia”.

O ministro salientou ainda a importância das grandes obras públicas para a modernização do país, que está “numa fase em que precisa de fazer escolhas estruturantes, precisa de se modernizar”. Por isso mesmo, “a convicção do Governo mantém-se.”

A abertura da linha Porto-Vigo estava prevista para 2013, mas no final de Novembro do ano passado o ministro do Fomento espanhol, José Blanco López, anunciou que a parte espanhola da linha não estaria concluída antes de 2015.

A linha terá uma extensão de 125 quilómetros. O investimento na primeira fase, entre Braga e Valença, é de 845 milhões de euros, de acordo com a empresa responsável pelo projecto de alta velocidade português.