Segunda-Feira, 01 de Março de 2010

O dossiê “Face Oculta” dominou os títulos, não só neste primeiro dia de Março, como nos restantes dias da semana.

Rui Pedro Soares foi porta-voz do Governo no caso Taguspark, que também envolve Luís Figo e José Sócrates, ao mesmo tempo que as auditorias à PT continuam, sem ainda se vislumbrar final à vista.

Os candidatos à liderança do PSD também se pronunciaram sobre o caso da alegada tentativa de controlo da comunicação social. Pedro Passos Coelho lancou um ultimato ao primeiro-ministro para substituir o Procurador-Geral da República, enquanto que Aguiar-Branco esclareceu que só apresentaria uma moção de censura se as conclusões da comissão de inquérito fossem inequívocas.

No seguimento da tragédia da Madeira, o primeiro-ministro falou da possibilidade de suspender a Lei das Finanças Regionais.

Finalmente as eleições do PSD também estiveram em destaque, com Aguiar-Branco a apresentar propostas para novas oportunidades na área social,enquanto que Marcelo Rebelo de Sousa receia que o congresso seja um”confronto de claques”.

Terça-Feira, 2 de Março de 2010

O destaque foi para a suspensão da Lei das Finanças Regionais, como medida de apoio do Governo à Madeira.

Sócrates iniciou a visita a Moçambique com as energias renováveis como principal assunto na mesa de discussão.

O PSD e o BE propuseram na Assembleia da República uma comissão de inquérito com o objectivo de descobrir se Sócrates terá mentido no caso da compra da TVI pela PT. Ainda sobre este caso, o PSD preparou uma proposta para quebra com o segredo profissional.

Passos Coelho e Paulo Rangel tiveram o primeiro frente-a-frente entre os candidatos à presidência do PSD.

Mário Lino foi o principal ouvido no caso do inquérito sobre o “Magalhães”.

O Governo anunciou que vai apresentar o Pacto de Estabilidade e crescimento na próxima semana.

Quarta-Feira, 3 de Março de 2010

No caso “Face Oculta”, a TVI negou ter violado a legislação. A proposta de uma possível comissão de inquérito foi adiada para a próxima semana.

O programa “E-escolas” vai ser alvo de auditorias externas, pois o PSD ficou insatisfeito com as explicações dadas por Mário Lino.

No debate entre candidatos a líder dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho tentou colar Rangel à actual direcção do partido, enquanto que o eurodeputado defendeu uma ruptura com as políticas do Governo.

O Presidente da República iniciou a sua visita a Andorra e Sócrates aproveitou a sua deslocação a Moçambique para aprovar uma verba de 400 milhões de euros para ajudar aquele país.

Quinta-Feira, 4 de Março de 2010

A nona greve da Função Pública contou com “forte adesão”, segundo os sindicatos.

Manuela Moura Guedes e Pinto Balsemão foram chamados pela Comisão de Ética. A jornalista acusou Sócrates e António Vitorino de pressionar a comunicação social e ainda acusou a inspectora Alice Fernandes de não fazer o seu trabalho no caso Freeport. Já o patrão da Impresa disse que as pressões são naturais, que de uma forma ou de outra todos as tentam, sendo que o importante é saber, ao acontecer, quem cede às mesmas.

Sócrates admitiu a venda de15% da participação portuguesa na barragem de Cahora Bassa.

Mário Lino recusou responsabilidades pela escolha dos computadores no projecto “E-escola” e acusa as operadores móveis.

O BE avançou com uma proposta para baixar o IVA de artigos culturais como discos e filmes.

Sexta-Feira, 5 de Março de 2010

A PJ ficou espantada com as acusações de Manuel Moura Guedes à inspectora Alice Fernandes no caso Freeport e António Vitorino também desmentiu as acusações da jornalista. José Sócrates disse que só fala na altura em que for chamado, enquanto que o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, relativizou as pressões.

Os sindicatos ameaçaram mais greves e manifestações para Abril e Maio.

Aguiar-Branco tentou colar Rangel a Guterres durante o segundo debate entre candidatos a líder da presidência do PSD. Já Paulo Rangel defendeu-se e continuou a insistir na “ruptura”.

Cavaco Silva disse que Portugal vai superar a crise e que a comparação com a Grécia foi “de má fé”.