A Rússia acordou em sobressalto esta manhã com os dois ataques suicidas em duas estações de metro de Moscovo. Por volta das 7h57 (hora local, 4h57 em Portugal), hora de ponta na capital russa, a primeira mulher suicida fez-se explodir na estação de Lubianka, uma das estações de maior afluência. A segunda explosão deu-se cerca de 50 minutos mais tarde, na estação do Parque de Kulturi. Segundo o Serviço Federal de Segurança da Rússia, as duas mulheres carregavam uma carga explosiva de três quilos cada uma.

O ataque suicida, o mais grave desde o último atentado a 6 de Fevereiro de 2004, provocou a morte de 36 pessoas e deixou 38 pessoas feridas, informou, esta manhã, o porta-voz da comissão de inquérito do Ministério Público russo, Vladimir Markin, citado pela agência Lusa.

Apesar de o atentado ocorrido esta manhã ainda não ter sido reivindicado por nenhum grupo, as autoridades apontam como principais suspeitos os rebeldes vindos do norte do Cáucaso, onde o país russo se encontra a combater uma rebelião islamista cada vez mais forte. O líder rebelde Doku Umarov é, assim, o principal suspeito.

Após o ataque suicida em duas estações metropolitanas russas, todas as passagens de acesso àquela linha metropolitana foram bloqueadas pela polícia. No entanto, as restantes linhas de Moscovo continuam a funcionar.

A luta contra o terrorismo vai continuar

O presidente russo Dmitri Medvedev, na saída de uma reunião de emergência, já reagiu aos ataques, dando ordens para reforçar a segurança em todas as redes de transporte. “Vamos manter as operações contra os terroristas sem compromissos, sem hesitações, até ao fim”, disse, de acordo com a agência noticiosa RIA Novosti.

Face aos atentados ocorridos, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou, de acordo com a agência Lusa, que a “União Europeia apoia resolutamente as autoridades russas nos seus esforços para combater todas as formas de terrorismo”. “Não podemos permitir que a violência prevaleça sobre a liberdade e a democracia.”

O presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, e o secretário geral da NATO, Anders Rasmussen, prestaram, também, o seu apoio à Rússia e condenaram os atentados ocorridos esta manhã. Em comunicado, segundo a Lusa, Buzek disse que o Parlamento Europeu “oferece apoio às autoridades russas na sua investigação”, de forma a responsabilizar os responsáveis pelo atentado.