O Movimento em Defesa dos Jardins do Palácio de Cristal insiste na necessidade de um referendo local, apesar das alterações que o arquitecto José Carlos Loureiro introduziu no projecto.

Na semana passada, o jornal Público avançou que José Carlos Loureiro, o arquitecto responsável pela modernização do Pavilhão Rosa Mota, propôs uma alteração da localização do Centro de Congressos para uma zona menos sensível. O espaço deixa, desta forma, de estar próximo do lago, passando a estar junto do parque de estacionamento subterrâneo, em frente ao edifício. Mesmo assim, o Movimento em Defesa dos Jardins do Palácio de Cristal insiste na necessidade de um referendo local.

Ao JPN, Diogo Maia, membro do movimento, revela contentamento pela proposta lançada, mas afirma que vão continuar a “defender os Jardins do Palácio na sua totalidade”, pelo que não querem “construções na zona”. Como forma de reivindicação, pretendem entregar um pedido de referendo à Assembleia Municipal do Porto. Para tal, o movimento precisa de recolher as assinaturas de cinco mil pessoas que respondam afirmativamente à questao “Concorda com a construção de edifícios no palácio de cristal?”. Reunidas 4800 assinaturas até à data, o grupo está a 200 assinaturas de distância de cumprir o objectivo, que espera conseguir alcançar até ao final do mês.

Diogo Maia acredita que a CMP irá ter em conta as assinaturas recolhidas, pois, caso não as aceitei, “a democracia não está a funcionar muito bem”, porque “são cinco mil pessoas que se estão a pronunciar”. Diogo Maia entende, ainda, que as construções previstas para o Palácio violam o Plano Director Municipal, uma vez que o espaço constitui uma zona verde que “não permite mais construções”.

O centro de congressos a ser construído vai ser explorado por um consórcio formado pela Associação Empresarial de Portugal, o Coliseu do Porto, a Parque Expo e o Pavilhão Atlântico. O edifício destina-se a uma sala de conferência com, capacidade para 1200 pessoas.