A Antiga Cadeia da Relação é o cenário que dá o ponto de partida para a Queima do Porto de 2010. Com as doze badaladas de 2 de Maio, começa a Monumental Serenata que, para uns, é motivo de felicidade e, para outros, de tristeza. Os acordes das guitarras recordam os momentos académicos vividos, enquanto as vozes acolhem a saudade.

Na manhã seguinte, é a vez da Avenida dos Aliados receber estudantes e familiares de vários pontos do país. A Missa de Bênção das Pastas é tradicionalmente um dos momentos mais emocionantes para os finalistas que terminam a sua vida universitária. A celebração tem início às 11h00 e vai contar com a actuação de um coro de estudantes e do grupo internacional Gen Verde. Mais à noite, o Ateneu Comercial do Porto acolhe o XIII Encontro de Coros da Academia do Porto (ECAP).

Já a 3 de Maio, repete-se o Dia da Beneficiência da Academia do Porto, na Baixa, uma tradição com mais de cinquenta anos. Este ano, dezenas de estudantes vão vender miniaturas de pastas académicas em cartão, dos vários cursos da Universidade do Porto. Ao início da noite, o Rivoli acolhe o espetáculo de música erudita Concerto Promenade, intitulado “100 anos de Passeio”. Alguns estudantes da Academia e a Orquestra do Norte vão celebrar os cem anos da República Portuguesa, sob a direcção artística do maestro António Ferreira Lobo.

A terça-feira é um dos dias mais aguardados da Queima das Fitas do Porto. Por entre caloiros, finalistas ou apenas estudantes, milhares de jovens invadem a baixa portuense a partir das 15h00 para celebrar a vida académica. As cores de faculdades e de cursos misturam-se numa única identidade, a Academia do Porto, que se mostra à cidade no já habitual cortejo.

A celebrar a 23.ª Edição, o Festival Ibérico de Tunas Académicas (FITA) regressa ao palco do Coliseu. Os jograis do Orfeão Universitário do Porto voltam a animar o público, enquanto sete tunas dão o seu melhor para conquistarem os prémios de Melhor Tuna, Melhor Solista, Melhor Porta-Estandarte, Melhor Pandeireta e Melhor Instrumental. Este ano, o FITA conta com a presença da Tuna de Engenharia do Porto, Tuna de Contabilidade do Porto, Tuna Académica da Universidade Portucalense, Tuna Académica da FEP, Tuna de Medicina do Porto, Tuna da Universidade Católica do Porto e Tuna Académica do ISEP. Apenas por diversão tocam a Tuna Feminina do Orfeão Universitário do Porto e a Tuna Universitária do Porto, que não participarão do concurso.

A noite de quinta-feira dá a oportunidade aos estudantes de mostrarem o seu melhor na dança, no canto e até na comédia. Pelas 21h00, o Teatro Sá da Bandeira recebe cerca de duas mil pessoas para assistir ao Sarau Cultural, de entrada livre.

O Baile de Gala ou das faculdades foi realizado pela primeira vez em 1993 e mantém-se até aos dias de hoje. A Quinta da Camarinha abre portas às 21h00 de sexta-feira para este evento, onde é cumprido o “Jogo das Cartolas”.

O último dia da Queima das Fitas aposta no conhecimento e na descoberta da Invicta. O ponto de partida do Rally Paper é no Instituto Politécnico de Engenharia do Porto, às 14h00. Depois de uma tarde de aventura, a Queima convida os estudantes para o “Chá Dançante”, na Alfândega do Porto. A habitual pausa inglesa para o chá inicia-se às 17h00 e só termina às 2 da madrugada.