Eram já perto das 10h00 quando a Reitoria da Universidade do Porto (UP) abriu as portas para o 1.º Dia do Voluntário. Marques dos Santos, reitor da UP deu as boas vindas aos participantes, numa iniciativa para juntar os voluntários que ajudam nos vários projectos que a Universidade oferece e sensibilizar as pessoas para as acções sociais.

“É uma maneira de darmos cumprimento à nossa acção social e é um instrumento na formação dos nossos estudantes”, refere Marques dos Santos. Programas de acção social são importantes, entende o reitor, já que os voluntários ajudam, mas acabam também por ser ajudados. “Por vezes, aquilo que aprendem acaba por ser mais importante do que algumas matérias”, acrescenta.

O reitor, que também já foi voluntário, acredita na velha máxima e sabe que só a união é que faz a diferença. “Todos juntos somos capazes de uma actuação muito mais útil”, evidenciou Marques dos Santos, no dia em que foi anunciada a plataforma Migos que pretende juntar as diferentes acções de solidariedade (ver quadro).

Migos, a nova plataforma dos voluntários

Vítor Martins é um dos fundadores da nova plataforma Migos, que vai juntar todos os voluntários num só grupo. A plataforma pretende “unificar os vários grupos de voluntários”, juntando-os “num único espaço” e tornando-as “acessíveis a todas as organizações a que a plataforma esteja ligada”, explica o responsável. Assim, “é mais fácil e rápido encontrar pessoas para tarefas ou missões”. A plataforma ainda está numa fase embrionária, trabalhando ainda com um grupo restrito de voluntários, mas a ideia é que esta abranja todo o país e, mais tarde, seja utilizada internacionalmente.

A iniciativa arrastou-se pela manhã, com as pessoas (voluntários ou não) a participar em quatro workshops sobre os programas de voluntariado que se podem realizar na universidade. São várias as escolhas de acção social que a UP oferece, até porque “o voluntariado não é só apoio social”, alega o reitor.

Durante a manhã, na Reitoria, juntaram-se vários dos já 1077 inscritos nos vários programas de voluntariado da UP.

“Faço voluntariado no Cerco e, ao início, foi difícil porque nunca tinha feito voluntariado e é difícil perceber o que é que podemos fazer diferente”, explica Cátia Monteiro, uma das voluntárias, acrescentando que, no entanto, “é uma experiência muito boa. Já para Pedro Valera, o voluntariado é “uma experiência enriquecedora”. “Lidei com alunos que habitualmente não lidaria, que não têm prática de estudo, que vêm de contextos sociais um bocadinho desagregados e, para mim, também é proveitoso porque aprendo com eles diariamente”, explica o voluntário.

A manhã seguiu com uma reunião onde os coordenadores avançaram as conclusões dos workshops. Para além disso, foi anunciado o vencedor do concurso para o logótipo do Voluntariado da universidade e distinguidos voluntários com o prémio de “Voluntário do Ano”. O final ficou reservado para a Tuna Feminina do Orfeão Universitário do Porto que, de forma voluntária, encerrou o 1.º Dia do Voluntário da UP.