Marques dos Santos, reitor da Universidade do Porto ( UP), admitiu no 1º Dia do voluntário da UP, que é habitual falar-se apenas do voluntariado social. No entanto, há outras vertentes e outras temáticas que ajudam a comunidade, até porque “para esse tipo de voluntariado [o social] há um excesso de ONG que fazem dispersar os recursos e até desperdiçar recursos”, considera.

E, precisamente no workshop 1, foi apresentado um voluntariado diferente. Numa mesa redonda, pequena demais para os interessados que se juntaram na sala, as paredes também serviram de encosto. Sob o tema “Voluntariado na Promoção do Sucesso Escolar” as pessoas iam perdendo a timidez e contando as suas experiências.

“Esta é uma tentativa de partilha e de reflexão sobre a experiência de voluntariado que decorre há dois anos”, explica Catarina Agante, uma das responsáveis pelo Voluntariado Estudantil Tutorial do Agrupamento de Escolas de Miragaia. Através deste programa, os universitários ajudam alunos com níveis académicos deficitários que, assim, vão “desenvolvendo competências de estudo e de aprendizagem”, explica ao JPN. Catarina não sabe se conseguiu mais voluntários para o projecto, “mas pelo menos conseguiu-se uma sensibilidade acrescida para esta vertente”.

Na Biblioteca falava-se sobre o “Voluntariado nos Museus, no Desporto e na Produção de Actividades Culturais na Reitoria”. As mesas, dispostas em círculo, encheram, para um workshop coordenado por Manuel Janeira, pró-reitor da Cultura, Desporto e Lazer da UP.

“Temos de intervir e procurar salvar o espólio museológico da universidade”, explica Manuel Janeira. Ao longo da visita pelos museus da reitoria, o pró-reitor lá ia lançando dicas. “Vão também perceber quanto custa montar uma exposição em espaço, às vezes, tão despidos.” Por “questões logísticas”, porém, não foi possível visitar os espaços onde se desenvolve as actividades desportivas da UP, lamentou Janeira.

G.A.S. Porto e o Orfeão Universitário

“Voluntariado em Solidariedade Nacional e Internacional” era o nome do terceiro workshop. Dispersos pelas várias bancadas, as pessoas encheram a sala para assistir à sessão dividida em três partes, com a coordenação esteve a cargo de Sérgio Silva, presidente do Grupo de Acção Social (G.A.S.) do Porto e consultor das Nações Unidas. Depois de responder à pergunta “por que é preciso ajuda”, seguiu-se uma discussão para “propor soluções”. A conclusão foi “mais formativa” e serviu para “expor alguns conceitos”.

Finalmente, o último workshop foi dirigido pelo Orfeão Universitário do Porto (OUP). Esta instituição tentou procurar novas ideias e novos desafios para o projecto que tem em mãos. Nas suas acções sociais, o OUP promove espectáculos, por exemplo, em lares de idosos, em que os lucros revertem a favor das instituições.