O anúncio foi feito num comunicado emitido ontem, quinta-feira, pela Comissão Europeia (CE). A instituição acredita que os aeroportos vão estar equipados com aparelhos que permitem detectar quaisquer substâncias líquidas perigosas transportadas pelos passageiros.

Até finais de Abril de 2013, os passageiros vão poder voltar a transportar líquidos na bagagem de mão, sem quaisquer limitações relativas aos volumes das embalagens.

O plano de medidas divulgado pela Comissão prevê ainda que, já partir de Abril de 2011, sejam levantados os limites relativos aos produtos líquidos adquiridos nas lojas livres de impostos dos aeroportos e durante os voos. A única imposiçao é que estes sejam “transportados em sacos plásticos transparentes e lacrados”, segundo informa o comunicado.

Actualmente, isso só é permitido para os produtos comprados em aeroportos ou em voos europeus, assim como nos países com os quais a UE estabeleceu acordos de segurança, como é o caso dos Estados Unidos, Canadá, Singapura e Croácia.

O porquê das restrições:

As restrições na bagagem de mão surgiram em 2006, na sequência da descoberta, pelo governo britânico, de uma tentativa de ataque terrorista aos Estados Unidos da América, com bombas constituídas por explosivos líquidos. A partir daí, os procedimentos de segurança adoptados levaram a que muitos passageiros sejam obrigados a deitar fora produtos de higiene, bebidas, perfumes, boiões e tubos de creme antes de entrarem nos aviões.

Novas normas para os aeroportos a partir de Abril de 2010

Este projecto de redução das limitações no transporte de líquidos vem na sequência do anúncio de um novo regulamento relativo à segurança nos aeroportos implementado quinta-feira pela União Europeia. Esse plano visa eliminar a duplicação de controlos de segurança em alguns aeroportos europeus, o que beneficia, sobretudo, segundo a CE, as companhias aéreas e os aeroportos.

O novo regulamento vem, também, simplificar os procedimentos de acesso às zonas de embarque, clarificar o plano de actuação das autoridades e harmonizar as questões burocráticas e documentais nos distintos países da comunidade. A Comissão Europeia sublinha que esta revisão do plano serve para “para tornar mais fácil a implementação dos controlos de segurança”, “sem que haja qualquer redução” a esse nível.