Já passava das 10h00 quando Bento XVI chegou à Avenida dos Aliados, depois de ter aterrado no Regimento de Artilharia n.º 5 da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia. Após ter percorrido a avenida em papamóvel, para saudar os milhares de pessoas que o aclamavam, o Papa subiu ao palco onde presidiu à celebração da missa.

Durante a homilia, o Papa Bento XVI falou da importância da missão evangelizadora da Igreja e apelou aos portuenses para que com ele “sejam também testemunhas de Jesus”. “Se não fordes vós as suas testemunhas no próprio ambiente, quem o será em vosso lugar?”, questionou.

Bento XVI enfatizou que a Igreja “é hoje chamada a enfrentar desafios novos”, tendo de estar “pronta para dialogar com culturas e religiões diversas”, no sentido de conseguir “uma pacífica convivência entre os povos”.

Para Bento XVI, “as expectativas mais profundas do mundo e as grandes certezas do Evangelho cruzam-se”, naquela que é a “missão que compete” aos cristãos. “Sem Deus, o ser humano não sabe para onde ir e não consegue sequer compreender quem seja.”

No seguimento do reforço do papel missionário que os cristãos devem ter, Bento XVI referiu que é necessário “vencer a tentação de nos limitarmos ao que ainda temos, ou julgamos ter, de nosso e seguro”, já que isso levaria à “morte a prazo” da “presença da Igreja no mundo”.

Bento XVI terminou a homilia dizendo aos portuenses para levantarem “os olhos para aquela” que escolheram como padroeira: a Virgem Maria.

No final da celebração, Bento XVI subiu à varanda da Câmara Municipal onde dois estudantes lhe ofereceram uma capa, uma pasta com fitas das várias casas da Academia e uma guitarra. O Papa agradeceu aos estudantes por lhe terem “mostrado” a tradição académica e despediu-se da Avenida dos Aliados dizendo: “permitam-me que parta abraçando-vos a todos”.

Depois de se despedir, Bento XVI partiu, pelas 12h45, em direcção ao aeroporto pela Rua de Camões.