Grande parte dos prédios portuenses que possuem dois, três ou quatro andares não tem elevadores, percentagem essa que decresce quando entram na contabilidade os prédios com cinco andares. A conclusão foi revelada num estudo do grupo Ascensores ENOR, baseado em dados recolhidos junto do Instituto Nacional de Estatística referente aos Censos nacionais de 2001.

As freguesias mais afectadas no Porto são as de Vitória e São Nicolau, onde o número de edifícios que não têm elevador quase corresponde ao de edifícios existentes. As freguesias são habitadas, maioritariamente, por população proveniente de estratos sociais mais baixos.

Por outro lado, nas freguesias onde residem pessoas associadas a uma classe da sociedade mais alta, como por exemplo Nevogilde, 32% dos edifícios que têm quatro pisos e 94% dos que têm cinco pisos já possuem elevador. Também na freguesia da Foz do Douro 24% dos prédios com quatro andares já estão equipados com elevador e 80% dos andares compostos por cinco andares já usufruem desta comodidade.

Em todas as freguesias em que os edifícios têm seis ou mais andares, a situação muda, já existindo elevadores, pois a lei obriga os donos dos edifícios a instalar este tipo de equipamentos nos prédios com altura superior a 11,5 metros. Não existe nenhuma lei que obrigue os prédios que possuem dois a cinco andares a ter elevadores. No entanto,a falta dos mesmos cria dificuldades de mobilidade a quem os habita, especialmente a pessoas com mobilidade reduzida que ficam, assim, confinadas a viver no rés-do-chão.