O atentado foi perpetrado ontem, terça-feira, a uma coluna de veículos da NATO, em Cabul, perto do Parlamento e de outros edifícios governamentais. O bombista suicida fez explodir uma carrinha, com 750 kg de explosivos, tirando a vida a pelo menos 18 pessoas e ferindo outras 52, na maioria civis. Entre os 18 mortos, estão seis soldados da NATO, cinco deles americanos e um outro canadiano.

Segundo informações reveladas pela BBC, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, descreveu o ataque como “devastador”. “Espero que em breve o Afeganistão possa sair deste sofrimento”, disse Karzai numa conferência de imprensa transmitida pela televisão nacional.

O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, condenou, ontem, o ataque suicida, sublinhando, através de um pequeno comunicado, a importância da permanência das tropas da organização internacional no local para “proteger o povo afegão e fortalecer o Afeganistão no combate ao terrorismo”. O representante da aliança militar apresentou ainda as suas condolências à família dos soldados que perderam a vida.

O ataque aconteceu em plena hora de ponta e foi reivindicado por talibãs afegãos. Trata-se do atentado mais mortífero deste ano, depois de, em Fevereiro, um outro atentado suicida vitimar mortalmente 17 pessoas, numa zona frequentada maioritariamente por turistas. Em Setembro de 2009, as tropas estrangeiras foram também alvo de uma investida talibã que matou outros seis militares italianos.