Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas depois dos últimos confrontos em Banguecoque. Militares tailandeses e forças dos “camisas vermelhas” enfrentaram-se esta manhã no acampamento onde se barricava o exército revolucionário, o que veio a originar a rendição dos líderes opositores.

“Peço desculpa a todos, mas não quero mais vítimas. Também estou desolado. Rendemo-nos”, disse Jatuporn Prompan, um dos quatro dirigentes do grupo anti-Governo, segundo divulga o “El País“.

A polícia tailandesa recorreu a veículos blindados e a armas semiautomáticas para avançar sobre a zona comercial de Rachaprasong, na capital da Tailândia, que há mais de seis semanas estava ocupada por milhares de “camisas vermelhas”.

Segundo o “Bangkok Post“, um dos quatro mortos é um fotógrafo italiano que foi atingido por um disparo no abdómen. Um repórter da televisão holandesa foi também ferido, embora de forma ligeira, e já está hospitalizado.

Fim dos protestos anti-Governo

Tal como informa o “The Nation“, um outro jornal tailandês, o porta-voz do exército, Sansern Kaewkamnerd, informou, através da televisão, que a “situação geral está sob controlo” e anunciou o fim da ofensiva revolucionária.

O porta-voz do governo tailandês, Panitan Wattanayakorn, comunicou também, segundo o “Bangkok Post”, numa declaração transmitida pelas televisões, que a operação foi “bem sucedida” e executada sob normas rígidas.

Só nos últimos seis dias, o caos nas ruas da capital da Tailândia e os sucessivos confrontos mataram 43 pessoas e feriram outras 329. Estima-se que desde o início dos confrontos, em meados de Março, tenham morrido praticamente cem pessoas.