Os deputados espanhóis aliaram-se ao plano de combate à crise financeira e à dívida pública, anunciado há praticamente 15 dias pelo Executivo de Zapatero, e decidiram cortar nos próprios salários, aceitando, assim, as recomendações do decreto-lei aprovado pelo Conselho de Ministros de Espanha.

Os líderes parlamentares reuniram-se na terça-feira e mostraram-se dispostos a auferirem menos 10% dos seus vencimentos mensais. Desta forma, os congressistas passarão a receber menos 312,65 euros por mês, relativamente ao salário mensal base, fixado nos 3125,50 euros.

A decisão aprovada de forma unânime pelos deputados entrará em vigor a partir de Junho e afectará também o presidente do Congresso, José Bono, que receberá, assim, menos 540,8 euros mensais, um corte que atinge os 15%. Os porta-vozes dos grupos parlamentares também não saíram ilesos às reduções financeiras e passarão a receber menos 12% – 237,4 euros – do complemento de 1978,62 euros de que gozam todos os meses.

Cortes afectam também os salários dos presidentes de Câmara

Por outro lado, o presidente da Federação Espanhola de Municípios e Províncias (FEMP), Pedro Castro Vásquez, optou, também, por seguir a mesma lógica de cortes financeiros e já fez anunciar a adopção de medidas de contenção de despesas na distribuição de salários.

Assim, os vencimentos dos presidentes das câmaras e de outros cargos da Função Pública, consoante as retribuições obtidas, vão sofrer uma redução que pode ir 0,25% até aos 15%.

Com estas políticas e com as medidas anunciadas pelo governo socialista, o Executivo de José Luís Zapatero prevê economizar cerca de 15 mil milhões de euros até 2011.