Os primeiros dez hectares do Parque Oriental do Porto foram hoje, segunda-feira, inaugurados, entre apelos dos moradores para um reforço de segurança neste espaço, que se situa nas traseiras do Bairro do Lagarteiro.

“O Parque precisa de segurança, senão vai ser vandalizado”, apelou Augusto Barbosa, antigo morador da zona, dirigindo-se ao presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio. O autarca, de visita ao Parque, foi rodeado de habitantes que, entre elogios ao espaço, pediram mais segurança para que a infra-estrutura não fique danificada.

Aos jornalistas, Rui Rio desvalorizou esta preocupação, admitindo que, para já, a autarquia não preparou nenhum programa especial de segurança. “A polícia municipal passa pelo Parque da Cidade e também vai passar aqui. Para já, é suficiente. Ao terem este parque novo, que valoriza imenso a zona envolvente do bairro, os próprios moradores vão ficar sensibilizados para preservar algo que é deles.”

Despoluir o Rio Tinto é o próximo passo

A parcela inaugurada é fruto de um investimento de 1,5 milhões de euros e corresponde a apenas um quinto da área total do parque, que no futuro terá mais de 50 hectares. Continuar a despoluir o Rio Tinto é o próximo passo, o “mais importante e relevante”, mas que não depende só da Câmara do Porto, advertiu Rui Rio.

“É um processo que está a ser conduzido pela Águas do Porto, mas que necessita da colaboração de outros municípios, nomeadamente Gondomar. Acho que vamos conseguir porque é o desejo de todos.”

Também o arquitecto responsável pelo projecto, Sidónio Pardal, destacou a importância desta etapa. “O vale e a estrutura do rio são o elemento central deste Parque e ainda não estão trabalhados. É o desafio dos próximos anos.”

O arquitecto, que espera que, no futuro, a água do Rio Tinto possa voltar a acolher trutas, louvou ainda a presença de população no Parque “ainda antes da inauguração”. “A envolvência apropriou-se do parque de uma forma extremamente feliz.”

Para a expansão do Parque, falta ainda “conquistar” alguns terrenos “que não são da Câmara”. A zona envolvente terá “alguma construção” até para custear gastos do município, avançou Rui Rio.