Complementar a aprendizagem com a prática levou muitos estudantes a lançarem-se em projectos próprios durante os anos em que frequentaram a faculdade. Assim, ao longo de dez anos, Ciências da Comunicação viu nascer projectos como os jornais “UP” e “À Letra”.

Em 2003, surgiu o jornal “UP”, fruto de um “um repto da reitoria para que o curso”, na altura Jornalismo e Ciências da Comunicação, “produzisse um jornal que falasse de temas ligados à reitoria” e fosse “substancialmente diferente”, afirma João Pedro Barros, jornalista envolvido no projecto.

O conteúdo do jornal era feito, como conta João Pedro Barros, “pelos estudantes, com duas designers que faziam a paginação”. Ao trabalho dos estudantes juntava-se o acompanhamento de um “jornalista experiente”. O cargo foi ocupado por Mário Barros, posteriormente sucedido por Andréia Azevedo Soares.

O jornal “UP”, que pretendia abordar “temas numa perspectiva diferente”, acabou por terminar no terceiro número. “Questões financeiras”, “pouca disponibilidade das pessoas para procurar uma forma de publicitar o jornal” ou “falta de maturidade” são algumas das justificações apontadas por João Pedro Barros.

Anos mais tarde, em 2007, da “vontade de fazer alguma coisa no curso” surge o “À Letra”, revela Mariana Duarte, jornalista licenciada em 2009. O jornal foi criado por “um grupo pequeno de pessoas” que pretendiam “aplicar os conhecimentos” das aulas e “preparar-se para o futuro”. Mais uma vez, foram as “razões financeiras” que ditaram o fim do jornal ao fim de “três edições”.

JPN e JPR são, já, plataformas de valor jornalístico reconhecido

Embora vários anos separem os dois jornais referidos anteriormente, os estudantes de Ciências da Comunicação não ficaram parados. Assim, o curso viu nascer duas plataformas, onde os estudantes têm a oportunidade de trabalhar nas diferentes áreas: o JornalismoPortoNet (JPN) e a JornalismoPortoRádio (JPR).

Criado em Março de 2004, o JornalismoPortoNet (JPN) assumiu-se como um “laboratório de jornalismo online”, como Pedro Rios, antigo chefe de redacção, não se cansava de descrever.

O JPN foi criado com o intuito de assegurar estágios aos estudantes do último ano, adoptando um funcionamento semelhante ao de uma redacção profissional, permitindo que os alunos pudessem pôr em em prática os conhecimentos apreendidos em Imprensa, Online, Rádio e Televisão.Com uma aposta forte na integração multimédia, o JPN é, muitas vezes, a primeira “casa” dos futuros jornalistas (para mais informações consultar o dossiê do 5.º aniversário do JPN).

Mais tarde nasceu a JPR, uma webrádio, criada em 2006, ano em que se comemorava o 100.º aniversário da “primeira transmissão de voz via rádio”, como se pode ler no site da JPR.

A webrádio é um projecto extra-curricular que, incidindo em áreas como a universidade, o ensino, a ciência, a investigação e música, pretende congregar no mesmo espaço o áudio, o texto e a imagem.