O futuro de Ciências da Comunicação vai passar por uma “maior abertura ao exterior”, nomeadamente aos parceiros do Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC) , afirma o director do curso, Rui Centeno. Este será um processo “gradual” para que seja possível “crescer de uma forma sustentável”.
Os dez anos de Ciências da Comunicação da UP:
– Futuro passa pela “abertura ao exterior”
– Uma década a comunicar
– Do ambiente familiar para um edifício de cinco andares
– Estágio foi “vital” para a entrada no mercado de trabalho
– De alunos a empresários
– A prática antes da profissão
– Vídeo: Dez anos de parcerias e novos projectos
– Fotogaleria: Ciências da Comunicação em dez anos
A proximidade com o pólo UPTEC, instalado ao lado do edifício do curso, vem facilitar a “abertura ao exterior”. A vinda de órgãos de comunicação como o jornal “Público”, a agência Lusa ou a Rádio Nova é, para o director, “muito importante”, pois permite “reforçar laços entre as empresas e o curso”.
Para o futuro, prevê-se a criação de um “portal”, em formato online, onde os estudantes do curso serão “integrados com jornalistas profissionais” do jornal “Público”. Será uma “plataforma semelhante ao JPN”, em que uma das funções dos alunos será a produção de “notícias locais”. O projecto, avaliado em 950 mil euros, já foi aprovado.
Para além da parceria com o jornal “Público”, o curso, que, em 2008, providenciou aulas de formação em captação e edição de vídeo aos jornalistas da agência Lusa, pretende promover mais iniciativas semelhantes. Este mês, por exemplo, decorre a uma formação financiada para a Cofina Media.
Os “benefícios” da instalação do pólo UPTEC perto do curso não se ficam por aqui. Uma das mais-valias do pólo é o apoio oferecido aos alunos recém-licenciados que “tenham projectos e ideias” e que “queiram aventurar-se no mundo empresarial”. Para o professor Rui Centeno, o facto de ser cedido um “espaço às pequenas empresas” é “muito estimulante” para “próprios alunos” que podem assim “desenvolver os seus projectos”.
Apostar na “melhor preparação” dos alunos
Apesar da entrada do processo de Bolonha, o curso ainda não tem mestrado integrado. Por isso, a “aposta” no 2.º ciclo será “inevitável”. É ainda possível que se registem “pequenas alterações” no plano curricular como “substituir uma cadeira por outra” ou “aumentar os créditos numa cadeira e diminuir noutra”.
Internamente, espera-se, ainda, um “crescimento” do Laboratório de Infografia, que já colabora com a agência Lusa. Rui Centeno confidencia que existem “novas propostas”, mas que estão ainda guardadas nos segredos dos deuses. A criação do pólo Universidade do Porto do Parlamento Global nas instalações do curso de Ciências da Comunicação é, também, muito “importante”.
Os vários projectos promovidos pelo curso e as parceiras estabelecidas têm como objectivo “aumentar e aprofundar as competências dos estudantes”. Desenha-se, assim, um futuro que aposta no “ensino”, na “investigação”, nas “parcerias”, “no mundo empresarial”; um futuro que aposta na “melhor preparação ” dos alunos de Ciências da Comunicação.
